Ingrid Bretón soube que estava vivendo com HIV quando tinha 19 anos. Era 1994 e o tratamento para HIV ainda não estava disponível na República Dominicana.

“Eu sobrevivi quase cinco anos viva, mas morta por dentro”, lembra ela. “Passei por todos os processos de negação pelos quais uma pessoa recém-diagnosticada passa. Os centros de saúde não quiseram me atender. Vivi todo tipo de estigma e discriminação.”

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No Dia Mundial de Zero Discriminação deste ano, o UNAIDS destaca a urgente necessidade de ação para acabar com as desigualdades em torno de renda, sexo, idade, estado de saúde, ocupação, deficiência, orientação sexual, uso de drogas, identidade de gênero, raça, classe, etnia e religião, que continuam a persistir em todo o mundo.

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Este artigo apareceu pela primeira vez no The Guardian

Nove meses atrás, lideranças mundiais faziam fila para declarar qualquer vacina contra a COVID-19 um bem público global. Hoje somos testemunhas de um apartheid de vacinas que só serve aos interesses de poderosas e lucrativas corporações farmacêuticas, ao mesmo tempo que nos custa o caminho mais rápido e menos prejudicial para sair desta crise. 

Fico enjoada com as notícias da semana passada de que a África do Sul, um país cuja história do HIV deveria ter nos ensinado as consequências mais terríveis de permitir que as empresas farmacêuticas protegessem seus monopólios de medicamentos, teve de pagar mais do que o dobro do preço pago pela União Europeia para a vacina AstraZeneca para muito menos doses do que realmente precisa. Como tantos outros países de renda baixa e média, a África do Sul enfrenta hoje um cenário de vacinas de suprimento esgotado, onde é o poder de compra, e não o sofrimento, que garantirá as poucas doses restantes.

Nove em cada 10 pessoas que vivem nos países mais pobres não devem ser vacinadas este ano. Atrasos na produção colocam até mesmo esse número em dúvida. Preços injustificadamente altos bloqueiam o acesso e ameaçam empurrar mais países para uma crise de dívida cada vez mais profunda. Se continuarmos buscando o modelo de vacina que temos, não conseguiremos controlar essa pandemia por muitos anos.

O fracasso em mudar o curso custará milhões de vidas e meios de subsistência em todo o mundo; o nosso progresso no combate à pobreza; para empresas, incluindo aquelas representadas aqui no Fórum Econômico Mundial esta semana; e para nossa saúde pública coletiva e segurança econômica. Porque não se engane, os custos da desigualdade da vacina não se limitarão aos que vivem nos países mais pobres. 

Quanto mais tempo o vírus puder continuar em um contexto de imunidade desigual, maior a chance de mutações que podem tornar as vacinas menos eficazes ou ineficazes – tanto as  que temos quanto as vacinas que algumas pessoas nos países ricos já receberam.

Uma pesquisa encomendada pela Câmara de Comércio Internacional publicada esta semana prevê que atrasos no acesso à vacina em países mais pobres também custarão à economia global cerca de US$ 9 trilhões, com quase metade disso absorvido em países ricos como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e o Reino Unido. 

Não podemos retroceder os últimos nove meses ou o fracasso dos governos até agora em cumprir sua promessa de tornar as vacinas contra a COVID-19 um bem público global. Mas podemos e devemos agir agora para mudar a trajetória catastrófica desta pandemia. A ciência, o conhecimento e a tecnologia das vacinas, pagos em grande parte por mais de US$ 100 bilhões do dinheiro de contribuintes, não podem mais ser tratados como propriedade privada das empresas farmacêuticas. Em vez disso, eles devem ser compartilhados abertamente, por meio do Covid Technology Access Pool da Organização Mundial da Saúde para que mais fabricantes possam ser incluídos e um plano global seja colocado em ação para aumentar a produção de vacinas.

Para abrir o caminho para isso, os governos também devem apoiar urgentemente a proposta apresentada à Organização Mundial do Comércio de renunciar temporariamente aos direitos de propriedade intelectual para as vacinas, tratamentos e testes contra a COVID-19 até que o mundo alcance a imunidade coletiva extremamente necessária e esta pandemia esteja sob controle.

Quase todas as empresas no planeta tiveram que deixar de funcionar normalmente como resultado desta pandemia. É do interesse de todas as pessoas que as empresas farmacêuticas agora façam o mesmo. Convido governos e lideranças empresariais a se unirem ao crescente apelo por uma vacina popular e de forma conjunta possamos traçar um novo caminho que pode garantir vacinas, testes e tratamentos suficientes para todas as pessoas em todas as nações.

Por Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS

O UNAIDS e a Organização Mundial da Saúde publicaram orientações atualizadas sobre considerações éticas nos ensaios de prevenção do HIV. A nova orientação é o resultado de um processo de um ano que ouviu contribuições de mais de 80 especialistas e membros do público e foi publicada 21 anos após o surgimento da primeira edição.

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Em dezembro, mês que celebra o Dia Mundial contra a Aids, a UFRGS lança o curso MOOC HIV/AIDS e Zero Discriminação. A atividade está disponível na plataforma Lúmina de maneira gratuita, aberta e online. A ação é uma iniciativa do grupo de pesquisa Saúde, Ambiente e Desenvolvimento (SAD) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e congrega pesquisadores da UFRGS e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Além disso, conta com o apoio do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS UNAIDS no Brasil) e do Napead/UFRGS – Produção Multimídia para a Educação.

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Para celebrar o Dia Mundial contra a AIDS, o UNAIDS e o Instituto Cultural Barong, de São Paulo, se uniram para compartilhar o vídeo que demonstra o trabalho que está sendo realizado pelo projeto Balaio. Durante a pandemia de COVID-19, o Balaio tem realizado um trabalho de busca ativa de pessoas e entrega medicamentos antirretrovirais, alimentos, kits de higiene, gás e assistência social para pessoas que vivem com HIV e que vivem com AIDS em situação mais vulnerável.

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Neste Dia Mundial contra a AIDS de 2020, leia a mensagem do diretor regional do UNAIDS para a América Latina e o Caribe, César Núñez:

O ano de 2020 é certamente um ano que não será esquecido.

No futuro, cada um e cada uma de nós provavelmente se lembrará de onde estávamos, dos obstáculos que superamos e do quanto a pandemia de COVID-19 nos fez mudar.

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Homens vivendo com HIV têm menos probabilidade de acessar o teste de HIV e a terapia antirretroviral e também apresentam níveis mais elevados de novas infecções por HIV.

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Com base em 40 anos de experiência na resposta à AIDS, o UNAIDS divulga novas orientações sobre como reduzir estigma e discriminação no contexto de COVID-19. A orientação é baseada nas evidências mais recentes sobre o que funciona para reduzir o estigma e a discriminação relacionados ao HIV e o que se aplica à COVID-19.

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Leia abaixo a tradução para o português do Prefácio, assinado pela diretora executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, no relatório Direitos em uma pandemia – lockdowns, direitos e lições do HIV na resposta inicial à COVID-19

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