#PrecisamosFalarSobreIsso – Desigualdades e HIV

O documentário #PrecisamosFalarSobreIsso – Desigualdades e HIV traça um panorama do impacto das múltiplas desigualdades que dificultam ou impedem o acesso das pessoas em situação de vulnerabilidade à resposta ao HIV e à AIDS que pode salvar vidas. A interseção destas desigualdades e seu aspecto transversal são potencializados pelo estigma e discriminação, gerando barreiras que estão impedindo de acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.

As entrevistas feitas para o documentário traçam um painel abrangente e extremamente humano do preço cobrado pelas desigualdades à saúde e à vida das pessoas vivendo com HIV ou AIDS.

O documentário traz entrevistas com:

  • Claudia Velasquez, Diretora e Representante do UNAIDS no Brasil
  • Ariadne Ribeiro Ferreira, Oficial para Comunidade, Gênero e Direitos Humanos do UNAIDS Brasil
  • Cristina Abbate, Coordenadora de IST/AIDS da cidade de São Paulo
  • Emerson Pataxó, Liderança Jovem Pataxó
  • Fábio Pereira, Militante da Amparar e da frente Estadual pelo Desencarceramento/SP
  • Gerson Fernando Mendes Pereira, Médico Dermatologista e Diretor do DCCI, Ministério da Saúde
  • Pe. Júlio Lancellotti, Pároco
  • Lázaro Silva, Gestor Público
  • Lili Nascimento, Direcão Executiva Loka de Efavirenz
  • Ludi Moreira, Artesã

Este grupo de pessoas entrevistadas ajudam a traçar o impacto das desigualdades na resposta ao HIV e à AIDS a partir de diferentes ângulos, como o das pessoas em privação de liberdade ou em situação de rua, pessoas com deficiência, transmissão vertical, travestis e pessoas trans e população indígena.

O documentário #PrecisamosFalarSobreIsso – Desigualdades e HIV teve sua pré-estreia em Brasília, em 29 de dezembro de 2022, como parte das celebrações do Dia Mundial da AIDS, e estará disponível para exibição em 2023.

FALAS EXTRAÍDAS DO DOCUMENTÁRIO

“O que atravessa a vida das pessoas negras, especificamente aqui no Brasil, são processos de um atravessamento de múltiplas violências. As desigualdades sociais são atravessadas por todos esses processos. Por todos esses processos em relação à saúde, educação, a toda negação de acesso. Mas o cerne dela está nessa base violenta, porque tudo é muito violento. Só que se materializa de uma outra forma pra nós.”
Fábio Pereira

“Uma pessoa trans, negra, vai ter outros riscos além da vulnerabilidade ao HIV. E esses riscos vão impactar em quando ela vai conseguir fazer o diagnóstico dela. Vão impactar se ela já tem o diagnóstico ou se ela vai conseguir chegar a fazer o tratamento. E principalmente se ela vai conseguir sobreviver.”
Ariadne Ribeiro Ferreira

“Minha médica falou assim, toma sol. Eu falei, ah, sinto muito, mas eu não tenho como tomar sol. Eu não tenho como tomar sol. Simplesmente esquecem da gente.”
Ludi Moreira

“Com tudo que nós já conquistamos, ainda há um peso da discriminação e de um preconceito. Porque quando alguém diz que é soro positivo para o HIV, isso ainda traz um impacto. A vulnerabilidade é uma agravante letal na vida das pessoas que estão vivendo com HIV e AIDS.”
Padre Julio Lancellotti

“Nós temos remédios muito eficazes, mas eles estão aonde? Estão para quem? São manejados de que forma? Se você dá Dolutegravir para uma galera que não tem o que comer, vai adiantar do que ter acesso a Dolutegravir?”
Lili Nascimento

“Tem comunidades que ficam desassistidas desde atendimento com clínico geral. Essa é uma realidade muito dura para as comunidades indígenas, que passam por esse processo, com uma falta de médicos que estejam ali periodicamente para fazer esse acompanhamento. E isso é um ponto negativo para quem precisa tratar o HIV.”
Emerson Pataxó

“Quando a gente olha para o cenário da AIDS hoje, das novas infecções pelo HIV, a gente percebe que tem grupos sociais que estão mais expostos à infecção ou que estão expostos de maneira diferente à infecção. Então nós temos que oportunizar também de maneira diferente. Agora, evidentemente que a desigualdade social atravessa a questão da vulnerabilidade o tempo todo.”
Cristina Abatte

“O Brasil pode ter todos os medicamentos e um país que doa medicamentos a outros países aqui na América Latina, que é uma coisa incrível. Mas olhando aqui para dentro do país, eu acho que ainda falta muito por fazer.”
Claudia Velasquez

“Essas pessoas que já eram vulneráveis, ficaram mais vulneráveis ainda com a pandemia. E o que adianta eu dar o medicamento se a pessoa passar fome? A pessoa não vai nem conseguir tomar aquele medicamento na situação de extrema pobreza que ela vive.”
Gerson Fernando Mendes Pereira

#PrecisamosFalarSobreIsso – Desigualdades e HIV

Direção e roteiro
André Canto e Gabriel Miziara.

Realização
Precisamos Falar Sobre Isso

Apoio

Abaixo, registros da gravação do documentário #PrecisamosFalarSobreIsso – Desigualdades e HIV

Fotos #PFSI

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