GT UNAIDS realiza segunda reunião de 2023 com foco na eliminação de doenças

No dia 24 de outubro, ocorreu a segunda reunião de 2023 do Grupo Temático Ampliado das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (GT UNAIDS). Saiba mais sobre os destaques desse encontro crucial e as discussões em torno da eliminação de doenças, incluindo HIV/AIDS.

Destaques do Evento

O GT UNAIDS reuniu 40 participantes, incluindo representantes governamentais, de embaixadas, agências e organizações da sociedade civil. Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil, enfatizou a necessidade de uma abordagem centrada nas pessoas e de lidar com as desigualdades para alcançar a meta de eliminar a epidemia de AIDS até 2030.

O Dr. Artur Kalichman, diretor substituto do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI) do Ministério da Saúde, destacou a criação do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS) como uma iniciativa essencial para promover uma resposta multissetorial à epidemia de HIV/AIDS.

Cecilia Froemming apresentou os principais eixos temáticos da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, com foco na institucionalização da política nacional de direitos, empregabilidade e educação, e proteção de defensores dos direitos humanos.

Renato Guimarães, do UNAIDS Brasil, compartilhou o projeto “HIVIDA – Celebrar a Vida para Eliminar a Epidemia de AIDS”, que visa mobilizar a sociedade por meio de atividades públicas e gratuitas em Brasília, de 1º a 10 de dezembro.

Ações do Joint Team do UNAIDS no Brasil

As agências, fundos e programas da ONU que fazem parte do Joint Team do UNAIDS apresentaram suas iniciativas, que refletem a diversidade de atuação para garantir uma resposta abrangente e multissetorial ao HIV/AIDS.

Entre as ações apresentadas, estão incluídos trabalhos com povos indígenas, pessoas em situação de privação de liberdade, mulheres que fazem uso de drogas, população migrante, além de abordagens programáticas voltadas para saúde sexual e reprodutiva, transmissão vertical do HIV e uso de novas tecnologias para mobilização de população jovem, apoio à sociedade civil para produção de materiais de comunicação para populações-chave e prioritárias para HIV/AIDS, entre outras.

Diálogo com a sociedade civil sobre a resposta ao HIV/AIDS

Durante a reunião do GT UNAIDS, representantes da sociedade civil destacaram aspectos cruciais que necessitam de atenção imediata e prioritária.

Vanessa Campos, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (RNP+), ressaltou a importância de abordar a transmissão vertical do HIV e a violência obstétrica, enfatizando a necessidade de uma atenção especial para as regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Em seguida, Cleonice Araújo, da Rede Nacional de Pessoas Trans e Travestis Vivendo com HIV/AIDS (RNTTHP), propôs um estudo inovador sobre o impacto das mudanças climáticas na população trans em situação de vulnerabilidade.

Posteriormente, Rodrigo Pinheiro, do Fórum de ONG/AIDS, salientou a necessidade de tornar os editais para a sociedade civil mais inclusivos, visando envolver um número maior de ONGs.

Renata Souza, do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), chamou a atenção para a escassez de estruturas de atenção à saúde mental nas regiões distantes dos grandes centros urbanos, afetando de forma mais intensa as pessoas vivendo com HIV/AIDS.

Por fim, Katiana da Silva Rodrigues, da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA), enfatizou a necessidade de mais investimentos em prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados relacionados ao HIV/AIDS, destacando a importância de superar as desigualdades e a pobreza, fatores que contribuem para a persistência da epidemia.

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