Fast-Track Cities 2022: Conferência fala sobre comunidades urbanas afetadas nas respostas ao HIV

Em uma cerimônia de recepção da Conferência Fast-Track Cities 2022 realizada dia 11 em Sevilha, Espanha, prefeitos e um vice-governador presentes foram acompanhados virtualmente por outros chefes de executivos municipais já participantes da rede Fast-Track Cities para assinar a declaração destinada a definir e facilitar o posicionamento das comunidades afetadas nos centros urbanos na resposta ao HIV.

Os prefeitos de Blantyre, Wild Ndipo; Kingston, Delroy Williams; Libreville, Issa Malam Salatou; Quezon City, Ma. Josefina Belmonte; e Sevilha, Antonio Muñoz Martínez assinaram a Declaração de Sevilha sobre a Centralidade das Comunidades Urbanas Afetadas na Respostas ao HIV (Declaração de Sevilha) juntamente com os prefeitos de Johannesburg, Dada Morero, e de Nova York, Eric Adams e outros prefeitos que participaram virtualmente.

  • Os prefeitos de Blantyre, Wild Ndipo; Kingston, Delroy Williams; Libreville, Issa Malam Salatou; Quezon City, Ma. Josefina Belmonte; e Sevilha, Antonio Muñoz Martínez assinaram a Declaração de Sevilha sobre a Centralidade das Comunidades Urbanas Afetadas na Respostas ao HIV (Declaração de Sevilha) juntamente com os prefeitos de Johannesburg, Dada Morero, e de Nova York, Eric Adams e outros prefeitos que participaram virtualmente.
  • A governadora delegada da Administração Metropolitana de Bangkok, Tavida Kamolvej, também assinou a declaração durante a cerimônia de Sevilha, e um representante do GGD Amsterdam assinou em nome do prefeito da cidade (Femke Halsema). Vários funcionários do condado e das províncias de Fast-Track Cities em outros países também assinaram a declaração via vídeo ou virtualmente.
  • Além disso, prefeitos e representantes de mais 22 cidades Fast-Track na Espanha assinaram a declaração. De salientar que a cerimónia de assinatura da recepção foi presenciada por Carolina Darias, Ministra da Saúde de Espanha, em cujo país mais de 150 cidades aderiram à rede Fast-Track Cities, sendo Sevilha a primeira cidade espanhola a assinar a Declaração de Paris sobre rastrear cidades que terminam a epidemia de HIV 2015.

“Um termo amorfo e excessivamente maleável como ‘colocar as pessoas no centro’ da resposta ao HIV produz pouco efeito se puder ser interpretado de um milhão de maneiras diferentes ou pior ação como mero símbolo que desqualifica aqueles cuja voz à mesa e liderança são criticamente necessárias”, disse Zuniga. “Os 10 compromissos que as Fast-Track Cities estão assumindo ao assinar a Declaração de Sevilha refletem um passo importante para definir explicitamente, operacionalizar e facilitar o que queremos dizer com ‘colocar as pessoas no centro’ das respostas urbanas ao HIV, em um momento em que é muito crítico fazê-lo.”

A Declaração de Sevilha foi formulada por organizações que representam pessoas vivendo com HIV, incluindo a Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV (GNP+), bem como através de sessões regionais de escutas envolvendo comunidades locais de pessoas vivendo com HIV por meio da rede Fast-Track Cities. Os quatro principais parceiros da iniciativa Fast-Track Cities também contribuíram: IAPAC, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) e a Cidade de Paris.

A Declaração de Sevilha fornece estrutura para que as comunidades de pessoas vivendo com HIV desempenhem um papel mais formal de liderança nas respostas ao HIV em nível municipal

Sbongile Nkosi, diretor coexecutivo do GNP+

“Falamos muito sobre ‘colocar as pessoas no centro da resposta ao HIV’, mas a Declaração de Sevilha faz mais ao articular compromissos que os governos e instituições locais devem assumir para criar o espaço e capacitar as pessoas que vivem com o HIV e suas organizações comunitárias para liderarem as respostas urbanas ao HIV.”, disse Sbongile Nkosi, diretor coexecutivo do GNP+, que ratificou formalmente a declaração na conferência Cidades Fast-Track 2022.

Na Estratégia Global para AIDS, 2021-2026, o UNAIDS enfatiza a importância crucial do envolvimento e da liderança da comunidade para recuperar o impulso contra o HIV que foi perdido durante a pandemia da COVID-19. Por meio de sua articulação sobre o engajamento comunitário, o UNAIDS tem constantemente enfatizado que o chamado para “nada para nós sem nós” deve ser apresentado como mais do que um mero slogan.

“De acordo com a Estratégia Global da AIDS e a Declaração de Sevilha, capacitar e integrar o engajamento comunitário é a pedra angular para acabar com a AIDS e ter as pessoas no centro da resposta, disse Eamonn Murphy, diretor-executivo adjunto do programa do UNAIDS.

O Brasil na Conferência

No dia 13 de outubro, ainda no âmbito da Conferência, Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil, apresentou o case “UNAIDS e Fast-Track Cities no Brasil”.

Claudia Velasquez compartilhou um panorama das cidades signatárias da Declaração de Paris, que tem como objetivo acelerar as respostas locais ao HIV, e apresentou a estratégia desenvolvida pelo escritório do UNAIDS no Brasil para apoiar ONGs de cidades signatárias da Carta de Paris.

O case apresentado foi o “Projeto Pessoas Vivendo com HIV/AIDS e gestores: Diálogos positivos para melhorar os indicadores”, desenvolvido pela ONG RNP+CE, de Fortaleza/CE, com apoio da gestão municipal.

Na ocasião, foram demonstrados os resultados obtidos pelo projeto cearense que tem como objetivo alcançar a meta do UNAIDS de 95% das pessoas em tratamento para HIV na busca pelo alcance da supressão viral.

O documento da Declaração de Sevilha pode ser acessada aqui, em inglês.

O texto original, em inglês, pode ser conferido aqui.

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