O Dia Internacional da Menina, celebrado todos os anos no dia 11 de outubro, destaca e aborda as necessidades e desafios que as meninas enfrentam, promovendo seu empoderamento e direitos humanos.
Em várias partes do mundo, um dos principais desafios que as adolescentes lidam é o HIV. No mundo, todas as semanas, 6.900 adolescentes e mulheres jovens entre 15 a 24 anos são infectadas com o HIV, mas apenas uma em cada três possui o conhecimento correto sobre como prevenir-se. Na África Subsaariana, três em cada quatro novas infecções por HIV entre jovens de 15 a 19 anos são entre meninas.
O tema do Dia Internacional da Menina de 2017 é “EmPODERar as Meninas: antes, durante e após as crises” (na tradução livre para o português). Guerras e conflitos agravam a vulnerabilidade das meninas ao casamento infantil, intensificam a desigualdade e tornam as mulheres e as meninas mais suscetíveis à violência doméstica e íntima, o que aumenta sua vulnerabilidade ao HIV.
As mulheres que vivenciam violência por parte de um parceiro íntimo podem estar 50% mais propensas à infecção do HIV do que aquelas que não experienciam tal violência. As adolescentes são mais vulneráveis à violência por parte de um parceiro íntimo—em 22 dos 32 países com dados disponíveis, as mulheres jovens passaram por estas situações de violência mais recentemente do que as mulheres mais velhas.
As obrigações internacionais em matéria de direitos humanos e os ambiciosos objetivos da Declaração Política 2016 sobre o Fim da AIDS exigem o fim de todas as formas de violência contra mulheres e meninas, inclusive em ambientes de conflitos, pós-conflito e humanitários. Somente através da promoção da igualdade de gênero, eliminando a violência e investindo no empoderamento das meninas, juntamente com os outros objetivos da Declaração Política, o mundo estará no caminho certo para o fim da epidemia de AIDS até 2030.
Citação
“A violência contra mulheres e meninas é uma mancha em nossa sociedade. No Dia Internacional da Menina, peço aos países que honrem seu compromisso de eliminar toda a violência contra mulheres e meninas.”
Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS