Neste Dia Mundial da AIDS de 2022, o UNAIDS faz um chamado por EQUIDADE JÁ.
Lançamos esta semana um novo relatório, chamado Desigualdades Perigosas, que traz um vigoroso alerta sobre como as múltiplas desigualdades estão limitando o avanço da resposta ao HIV e à AIDS em todo o mundo.
O resultado tem sido um aumento nos casos de infecção pelo HIV e de mortes em decorrência da AIDS.
Não nos enganemos, as desigualdades matam.
E, por isso, precisam ser respondidas com coragem e ousadia.
É fundamental garantir que sejam oferecidos os serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e da AIDS. O Brasil é um exemplo ao ter estes serviços disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único da Saúde (SUS).
Mas, claramente, isto não é suficiente.
Como mostra nosso relatório, as desigualdades criam barreiras que impedem as pessoas em vulnerabilidade de acessar estes serviços.
Violência de gênero, masculinidade tóxica, racismo estrutural, estigma e discriminação e pobreza extrema são apenas algumas das manifestações das desigualdades para os quais é necessária uma ação imediata e coordenada entre os diversos níveis de governos, setor privado e sociedade civil.
Igualmente importante é garantir que as comunidades e as pessoas vivendo ou convivendo com o HIV e a AIDS estejam no centro das estratégias, das políticas e das ações desenvolvidas.
Acabar com as desigualdades exige uma abordagem multisetorial, que realmente reconheça como elas se cruzam para afetar de maneira brutal a vida de milhões de pessoas todos os dias.
Acabar com a pandemia de HIV/AIDS até 2030 está longe de ser uma utopia.
Temos todos os instrumentos para conseguir esta meta, que foi acordada pelos países, incluindo o Brasil, na Assembleia Geral da ONU.
Cumprir esta meta está, portanto, em nossas mãos, nas mãos desta geração.
Mas, para isso, temos de acabar com as desigualdades e garantir EQUIDADE JÁ!