Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV 2.0 é lançado na América Latina

A região da América Latina e Caribe tem desigualdades profundas e generalizadas e inclui países que são mais desiguais do que aqueles de outras regiões com níveis de desenvolvimento semelhantes. Isto afeta o acesso aos serviços de saúde e HIV, particularmente por parte das populações-chave. As barreiras sociais e estruturais são importantes combustíveis das desigualdades.

Para entender melhor estas barreiras sociais e estruturais, a Alianza Liderazgo Positivo y Poblaciones Clave (ALEP) está liderando o estudo Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV 2.0 em quatro países da região: Bolívia, Equador, Peru e Nicarágua. Outros cinco estudos similares financiados pelo Fundo Global contra a AIDS, Tuberculose e Malária e em coordenação com a sociedade civil, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR), beneficiários e beneficiárias do Fundo Global, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o UNAIDS estão em andamento independente em El Salvador, Honduras, Guatemala, Panamá e Paraguai.

Espera-se que os resultados da iniciativa conjunta fortaleçam os esforços regionais e globais para eliminar o estigma e a discriminação relacionados ao HIV através de políticas e programas centrados na comunidade, que são baseados em evidências.

“Pela primeira vez desde o primeiro estudo do Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV em 2008, nove países da mesma região estarão realizando o estudo em coordenação e dentro do mesmo prazo. Isto é inédito e será fundamental para abordar o estigma e a discriminação relacionada ao HIV tanto em nível nacional quanto regional”

Rodrigo Pascal, coordenador do estudo Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV 2.0 da ALEP

O Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV 2.0 reúne evidências sobre como o estigma e a discriminação afetam a vida das pessoas vivendo com HIV, incluindo as populações-chave. Foi desenvolvido para ser usado por e para pessoas vivendo com HIV, incluindo populações-chave, e foi criado para apoiar o princípio do maior envolvimento das pessoas vivendo com HIV, sob o qual as redes estão capacitadas a liderar a implementação do estudo. O estudo é uma novidade, pois é a primeira vez que redes de pessoas vivendo com HIV coordenam ações com redes de populações-chave para promover os direitos humanos e o acesso à atenção abrangente e diferenciada ao HIV na América Latina.

“A motivação que tenho é ser parte da solução em relação aos desafios impostos pelo estigma e pela discriminação, que são os principais problemas que nós, pessoas vivendo com HIV, enfrentamos desde o início da epidemia”, disse Gracia Violeta Ross Quiroga, ativista sobre HIV e coordenadora da implementação do estudo do Índice de Estigma da Bolívia. “Tenho esperança nesta pesquisa porque ela vem da comunidade, e tais respostas provaram ser as mais eficazes na história do HIV.”

ALEP é um esforço inovador que combina liderança, visão, capacidades e pontos fortes das redes regionais da Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai e Peru. A organização trabalha em parceria com os mecanismos de coordenação dos países onde existe um programa do Fundo Global, o UNAIDS e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

“Este é um exemplo sólido de como os pares estão contribuindo para suas próprias comunidades ao mesmo tempo em que lidam com questões-chave de intersecção, tais como direitos humanos, estigma e discriminação, e outras barreiras estruturais. É essencialmente pelas comunidades, para as comunidades”, disse Guillermo Márquez, Assessor Sênior de Apoio Comunitário do Escritório Regional do UNAIDS para a América Latina e o Caribe.

Assista ao evento de lançamento (em espanhol)

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