UNAIDS colabora com nova plataforma de tecnologia móvel para melhorar coleta de dados e avançar na resposta ao HIV

O UNAIDS e a operadora de telecomunicações Orange assinaram um memorando de entendimento para colaboração em um novo projeto, que reforçará os laços entre os profissionais de saúde e pessoas vivendo com HIV através do uso de tecnologia móvel.

A tecnologia móvel será utilizada para melhorar os serviços de HIV e assegurar a adesão do paciente ao tratamento, ajudando a acabar com o estigma e a discriminação. Os dados serão coletados e analisados, identificando falhas nos serviços e quais medidas devem ser tomadas para melhorar a qualidade dos serviços de saúde para pessoas vivendo com HIV. A informação colhida será anônima e a confidencialidade total será mantida.

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“Para alcançar as metas ambiciosas de Aceleração de Resposta propostas pelo UNAIDS até 2020, os países precisam inovar”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS. “Esta parceria com a Orange vai permitir aos países que se beneficiem de tecnologia de ponta rentável e simples de usar, garantindo que sejam fornecidos serviços da mais alta qualidade para pessoas vivendo com HIV.”

O UNAIDS e os parceiros usarão a plataforma chamada Orange Mobile Training EveryWhere  (M-Tew), uma plataforma para a web projetada para ser totalmente integrada aos sistemas de saúde e implementada em grande escala. A plataforma M-Tew permitirá que os profissionais de saúde se comuniquem com pessoas inscritas no serviços de saúde através de mensagens de texto ou por telefone e mensagens de voz. Os profissionais de saúde serão capazes de enviar mensagens, conduzir pesquisas que avaliem as percepções do usuário sobre a qualidade dos serviços e responder perguntas através de um call center virtual.
A tecnologia é de fácil uso e as pessoas inscritas no projeto precisarão apenas de um telefone móvel básico e uma conexão 2G para enviar e receber mensagens, sem a necessidade de baixar aplicativos ou de conexão à Internet.

A fase-piloto, que durará quatro meses, começará no final de março 2016 em Abidjan, Costa do Marfim, e envolverá 1.000 pessoas vivendo com HIV que estão em programas de tratamento. Entre os participantes do estudo, estão incluídas populações-chave, além de 300 profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens.

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“O presidente Alassane Ouattara tem como meta a redução da prevalência de HIV na Costa do Marfim para menos de 1% até 2020”, disse Raymonde Goudou-Coffie, Ministro da Saúde e Higiene Pública. “Estamos empenhados em atingir essa meta e a nova plataforma vai nos ajudar a acelerar nossos esforços para garantir que alcançaremos este objetivo ambicioso.”

A colaboração do UNAIDS no projeto se dará com autoridades locais, parceiros da sociedade civil, incluindo organizações de pessoas vivendo com HIV. Após a fase piloto, o projeto será implementado de forma mais ampla nas unidades de saúde em toda a capital da Costa do Marfim, com planos de expansão para outros países prioritários da região.

A parceria irá alavancar os esforços para acelerar a resposta ao HIV e acabar com a epidemia de AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030. Para isso, serão necessárias inovações e investimentos pesados nos próximos cinco anos, atingindo as metas 90-90-90 do UNAIDS, ampliando o acesso aos serviços de prevenção do HIV e garantindo zero discriminação.

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