Durante as celebrações do Dia Internacional da Mulher, líderes mundiais e a sociedade civil se reúnem em Nova Iorque para participar na 59ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher. Neste encontro, os participantes analisarão o progresso alcançado desde a adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, há 20 anos, que definiram metas ambiciosas com o objetivo de melhorar a vida de mulheres ao redor do mundo.
A Plataforma de Ação buscou garantir que mulheres e meninas pudessem ter liberdade e exercer seu direito de viver livre de violência, de frequentar a escola, de tomar decisões e de ter acesso irrestrito a serviços de saúde de qualidade, incluindo saúde sexual e reprodutiva.
Nos últimos 20 anos, grandes avanços na resposta ao HIV foram alcançados e os números de novas infecções pelo vírus e de mortes relacionadas à AIDS continuam a cair. Apesar disso, o sucesso da redução de novas infecções não tem sido igualmente compartilhado. Embora desigualdade de gênero, pobreza, práticas culturais nocivas e relações desiguais de poder aumentem a vulnerabilidade da mulher ao HIV, a ação e o comprometimento global conjunto podem reverter este quadro.
A Declaração e Plataforma de Ação de Pequim reconhece fundamentalmente que os direitos humanos das mulheres incluem a sua sexualidade, englobando saúde sexual e reprodutiva, que deve ser livre de coerção, discriminação e violência. Os princípios fundamentais da Declaração de Pequim estão de acordo com o compromisso do UNAIDS para o fim da epidemia de AIDS. À medida que o mundo avança em direção a um acordo coletivo sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável globais, precisamos reafirmar o compromisso de que ninguém seja deixado para trás.
Assegurar que mulheres e meninas sejam empoderadas para se proteger do HIV, para tomar decisões sobre sua própria saúde e para viver livre da violência, incluindo a violência relacionada ao seu status sorológico, será fundamental para o fim da epidemia de AIDS até 2030.