A fim de contribuir com a resposta ao HIV em Boa Vista, capital de Roraima, o Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS (UNAIDS) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) promoveram, em fevereiro, uma Oficina para Fortalecimento da Capacidade de Gestão das OSC (Organizações da Sociedade Civil).
A oficina buscou fortalecer a sustentabilidade das OSC participantes que prestam serviços às pessoas vivendo com HIV/AIDS e outras populações-chave para o HIV, como profissionais do sexo, população LGBTQIA+ e população migrante e refugiada.
As organizações Associação de Bem com a Vida (ABV), Associação de Travestis e Transexuais do Estado de Roraima (ATERR), Grupo Sabá (antes Associação de Luta pela Vida), Valentes pela Vida e Associação Roraimense pela Diversidade Sexual em Roraima (Grupo DiveRRsidade) promovem atividades de prevenção, aconselhamento, informação, testagem e vinculação à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e muitas vezes são o primeiro contato das pessoas com os serviços de saúde na região.
“As parcerias realizadas com as OSC locais têm o objetivo de apoiar a sustentabilidade das suas operações, bem como as atividades direcionadas ao enfrentamento do preconceito, estigma e discriminação e à promoção da prevenção combinada do HIV”, explica Paulo Meireles, Consultor em HIV para a Iniciativa R4V Roraima.
De acordo com Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2022, Roraima é detém a segunda mais alta taxa de detecção de AIDS do Brasil, alcançando 29,3/100 mil habitantes. No país, esta taxa está em 16,5/100 mil habitantes.
“Precisamos fortalecer as comunidades para que a resposta local ao HIV seja equitativa e ninguém fique para trás. O trabalho das OSC é uma parte fundamental nesse aspecto”, diz Mariana Medeiros, assistente de programa do UNAIDS Brasil.
Durante os dois dias de oficina foram abordados temas como a gestão financeira relacionada à identificação de oportunidades de captação de recursos, elaboração e submissão de propostas de projetos, relacionamento com agentes financiadores, comunicação com o público-alvo e abordagem transversal da questão do gênero nas organizações, projetos e ações.
A oficina ainda contou com apoio de ONU Mulheres, Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (SESAU/RR), Universidade Federal de Roraima e Programa Impulso, do Instituto GRPCOM.