Hoje, no Dia Mundial da Tuberculose, devemos reconhecer a urgente necessidade de acabar com a epidemia da tuberculose em todo o mundo, especialmente entre as pessoas que vivem com o HIV.
Entre as pessoas que vivem com HIV, a tuberculose continua sendo uma das principais causas de doenças graves e morte.
De acordo com o Relatório Global para Tuberculose 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas com HIV têm de 14 a 18 vezes mais probabilidade de adoecer de tuberculose do que as pessoas que não vivem com HIV.
Um terço das mortes relacionadas à AIDS em 2021 foram devidas à tuberculose. Não podemos permitir que isto continue.
Devemos assegurar que todas as pessoas vivendo com HIV e as vulneráveis à tuberculose tenham acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento para esta doença.
Continuamos a perder oportunidades de implantar as ferramentas que temos contra a coinfecção HIV/TB.
Segundo mesmo relatório, quase 50% das pessoas vivendo com HIV que desenvolveram tuberculose em 2021 não foram diagnosticadas como tendo tuberculose e a cobertura da terapia preventiva para esta doença entre as pessoas que vivem com HIV permanece em apenas 42%.
Como nas respostas ao HIV e à COVID 19, as desigualdades são a causa raiz que faz com que algumas pessoas corram maior risco de adoecerem por tuberculose, devido a fatores sociais, econômicos, geográficos, de gênero, situações humanitárias e de crise.
Os ambientes jurídico e político também afetam o acesso aos serviços de saúde para as pessoas que mais necessitam deles.
Não devemos esquecer que, para que qualquer programa de saúde funcione, precisamos colocar as pessoas no centro e envolver pessoas beneficiárias, particularmente as comunidades menos atendidas, para fazer parte do planejamento, implementação e monitoramento da resposta.
No Dia Mundial da Tuberculose 2023, gostaria de chamar todas as nossas parcerias para multiplicar esforços a fim de garantir a identificação precoce, o tratamento e a prevenção da tuberculose em pessoas vivendo com HIV, ampliando as ferramentas de triagem e diagnóstico recomendadas, fornecendo tratamento e cuidados integrados de qualidade, implementando tratamentos preventivos de curta duração e removendo as barreiras que afetam a implementação eficaz dos programas.
Como resultado, ao acabar com a tuberculose entre pessoas que vivem com HIV, salvaremos mais vidas, reduziremos o sofrimento e estaremos mais próximos do fim definitivo das duas epidemias.
Você pode conferir o texto original, em inglês, aqui.