Lançada em meados de setembro por Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, a campanha “Respeito” está sensibilizando a equipe do UNAIDS sobre a Política de Prevenção e Tratamento de Conduta Abusiva do UNAIDS/Organização Mundial da Saúde (em inglês), atualizada no início de 2021.
A política estendeu o escopo da proteção para incluir participantes de programas de estágio e consultorias e agora descreve, com exemplos, tipos de conduta abusiva. A nova política também eliminou a exigência de que as reclamações a serem feitas tivessem de um limite de tempo específico.
“Colegas vieram até mim para compartilhar suas próprias histórias e situações quando não sentiam seu valor. Essas pessoas ficaram gratas por estarmos abordando estas questões. Esta é uma forma de mostrar nosso apoio e explicar caminhos para abordar estas situações às pessoas que tinham que suportá-las. Isso também aumenta o risco para quem age desta forma porque sabem que todos e todas nós sabemos que isto não é aceitável”, disse Mumtaz Mia, que lidera o processo de transformação cultural no UNAIDS.
A campanha visa melhorar o conhecimento e a compreensão do que é considerado conduta abusiva, utilizando exemplos cotidianos e se baseia em seis experiências diferentes representativas de conduta abusiva, desde discriminação, abuso de autoridade, até assédio sexual e homofobia.
“Todo o time de profissionais e de consultoria do UNAIDS tem direito a um local de trabalho seguro e respeitoso. Esta é uma obrigação que cada um e cada uma de nós, desde a diretora executiva até colegas de trabalho. Nossas pesquisas de equipe nos disseram que nem sempre foi [foi positiva] a experiência para profissionais da organização e, por isso, a campanha “Respeito” é uma iniciativa muito necessária e positiva que a Associação do Staff do UNAIDS espera que contribua para construir um local de trabalho melhor e mais saudável para todas as pessoas”, disse Stuart Watson, presidente da Associação do Staff da Secretaria do UNAIDS.
Como parte da campanha, conversas sobre conduta abusiva estão ocorrendo dentro das equipes do UNAIDS, com convites às equipes para aprender mais sobre este tipo de conduta.
“É nosso direito trabalhar em um ambiente respeitoso. São direitos e deveres que temos a obrigação de manter. Em união, tornaremos nosso local de trabalho igualitário, seguro e fortalecedor”
Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, em mensagem para toda a equipe.
Olhando para o futuro, a campanha vai continuar baseando-se na campanha atual e refletindo as experiências vividas da equipe de toda a organização.
A recente Pesquisa Global da Equipe do UNAIDS revelou que 55% das pessoas entrevistadas consideram que o UNAIDS leva a sério as alegações de discriminação, abuso de autoridade, maus tratos e assédio sexual. 50% responderam também que se sentem confortáveis para falar e se dirigir a colegas sobre indelicadezas ou comportamento de exclusão que passam por ou observam. Embora estes estejam acima dos valores de referência, a administração do UNAIDS continuará monitorando a situação. O objetivo é reduzir a lacuna entre a conduta abusiva experimentada, a denúncia e a ação contra a conduta, bem como a redução geral da conduta abusiva para um UNAIDS seguro, igualitário e capacitado para todas as pessoas.