O governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte informou ao UNAIDS que o financiamento para atividades do UNAIDS em 2021 está confirmado em 2,5 milhões de libras esterlinas, em comparação com os 15 milhões de libras esterlinas recebidos pelo UNAIDS do Reino Unido para 2020.
Este corte de 12,5 milhões de libras esterlinas (ou mais de 80%) é significativo: afeta a prestação de serviços de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas em todo o mundo. A redução afeta o empoderamento de mulheres jovens e meninas adolescentes e seu acesso à saúde e direitos sexuais e reprodutivos em todo o mundo, e na África em particular. Afeta o apoio à defesa dos direitos humanos de algumas das pessoas mais vulneráveis, incluindo lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, queer e pessoas intersexo em países de baixa e média renda, além de reduzir a segurança da saúde global.
O UNAIDS reconhece a situação desafiadora que muitos governos enfrentam, mas lamenta profundamente esta decisão de nosso parceiro e defensor de longa data. Estamos avaliando todo o escopo e impacto do corte e estamos formulando ativamente estratégias de mitigação.
O governo britânico disse que a decisão não reflete que haverá menos compromisso com o UNAIDS ou com a resposta ao HIV. O UNAIDS continuará trabalhando com o Reino Unido e parceiros para explorar formas de garantir a continuidade e previsibilidade do financiamento para sustentar os ganhos duramente conquistados na luta contra o HIV e para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.
O Reino Unido tem sido um líder na luta contra a AIDS, já que tem apelado para que o G7 se concentre em vencer pandemias e está mobilizando o mundo para a educação e o empoderamento das meninas. O UNAIDS está decidido a dar um grande passo em frente com o Reino Unido. Esperamos que o Reino Unido, que classificou o UNAIDS como prioridade, decida complementar sua atual alocação de fundos para 2021.