A iniciativa Zero Discriminação celebra o direito de todos a uma vida plena, digna e produtiva – não importando sua origem, orientação sexual, identidade de gênero, sorologia para o HIV, raça, etnia, religião, deficiência e tantos outros motivos de discriminação. Unindo vozes, comunidades, indivíduos e sociedades, podemos transformar o mundo, todos os dias e em todos os lugares, para alcançarmos uma sociedade com zero discriminação. A iniciativa busca demonstrar que todos podem se informar para acabar com seus preconceitos e ajudar na promoção da tolerância, do respeito, da compaixão e da paz.
Lançada mundialmente no dia 1º de março de 2013, a iniciativa Zero Discriminação tem como mascote a borboleta – símbolo de um processo de transformação – para que ela represente o compromisso de todos em assumir a transformação rumo a um comportamento aberto à diversidade e ao respeito.
Liderada pela porta-voz do UNAIDS para a Zero Discriminação e vencedora do prêmio Nobel da Paz, Daw Aung San Suu Kyi, a iniciativa consagrou o dia 1º de março como Dia Mundial de Zero Discriminação – buscando mobilizar jovens, comunidades, organizações religiosas e defensores dos direitos humanos, entre outros, na promoção da inclusão e do respeito a esses direitos inalienáveis.
No Brasil, a Zero Discriminação conta com o apoio dos Embaixadores de Boa Vontade do UNAIDS, o ator Mateus Solano e a cantora Wanessa Camargo, para trazer à tona o debate sobre a discriminação e a promoção dos direitos humanos.
Desde o início das atividades da iniciativa Zero Discriminação no Brasil, em 2014, o UNAIDS já recebeu dois prêmios de reconhecimento pelo seu papel de apoio à diversidade sexual e à visibilidade da comunidade LGBTII+ e das pessoas vivendo com HIV.
Prêmio Aliad@s da Cidadania LGBTI+ 2016, concedido pela ONG Grupo Dignidade, reconhece as contribuições de pessoas e instituições em relação ao fortalecimento da cidadania das pessoas LGBT no Paraná. Desde o início da epidemia do HIV, o Grupo Dignidade desenvolve um papel importante na promoção da prevenção ao HIV em comunidades de gays e HSH, assim como no enfrentamento do estigma e da discriminação. Em seus 24 anos, o Grupo Dignidade é considerado uma referência internacional pelo trabalho desenvolvido junto a estas comunidades e pela representatividade que tem assumido tanto em fóruns nacionais quanto internacionais. (14/3 – Curitiba – PR)
Prêmio de Direitos Humanos e Cidadania LGBTI+ do Grupo Cellos (Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais) reconhece instituições, iniciativas e personalidades que contribuíram para a visibilidade e fortalecimento do movimento LGBTI+ e trabalham para o benefício da comunidade LGBTI+ em Minas Gerais e no Brasil. (14/7/2016) – Belo Horizonte (MG)
O estigma e a discriminação estão entre os principais obstáculos para a prevenção, tratamento, cuidado em relação ao HIV. Pesquisas demonstram que o estigma e a discriminação prejudicam os esforços no enfrentamento à epidemia de HIV ao fazer com que as pessoas tenham medo de procurar informações, serviços e métodos capazes de reduzir o risco de infecção e de adotar comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu estado sorológico.
Pesquisas também mostraram que o medo do estigma e da discriminação, que pode também estar ligado ao medo da violência, desencoraja pessoas que vivem com o HIV a revelar sua sorologia positiva até mesmo aos familiares e parceiros sexuais, além de prejudicar sua capacidade e sua vontade de acessar e aderir ao tratamento.
Clique aqui e conheça o Índice de Estigma sobre Pessoas Vivendo com HIV.
Assim, o estigma e a discriminação enfraquecem as chances que indivíduos e comunidades têm de se protegerem do HIV e de se manterem saudáveis caso já estejam vivendo com o vírus.
Já conhece a Agenda para Zero Discriminação nos Serviços de Saúde?
O estigma relacionado ao HIV refere-se às crenças, atitudes e sentimentos negativos em relação às pessoas vivendo com o vírus (como também em relação seus familiares e pessoas próximas) e outras populações que estão em maior risco de infecção pelo vírus (populações-chave), como gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e travestis e transexuais.
A discriminação relacionada ao HIV refere-se ao tratamento desigual e injusto (por ação ou omissão) de um indivíduo baseado em seu estado real ou percebido em relação ao HIV. A discriminação, no contexto do HIV, também inclui o tratamento desigual daquelas populações mais afetadas pela epidemia ou mais vulneráveis a ela.
Discriminações relacionadas ao HIV normalmente se baseiam em atitudes e crenças estigmatizantes em relação a comportamentos, grupos, sexo, doenças e morte. A discriminação pode ser institucionalizada através de leis, políticas e práticas que focam negativamente em pessoas que vivem com o HIV e grupos marginalizados.
Saiba mais em Redução do Estigma e da Discriminação Relacionados ao HIV (em inglês).
Conheça mais sobre o trabalho do UNAIDS no Brasil.