A Diretora Executiva da UNAIDS, Winnie Byanyima, e Peter Sands, Diretor Executivo do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária (Fundo Global), assinaram um novo quadro estratégico de cooperação e colaboração.
O acordo renova a parceria de longa data entre as organizações e alinha a colaboração contínua com a Declaração Política da Assembleia Geral da ONU sobre HIV e AIDS, para acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.
Para Winnie Byanyima, a parceria de longa data entre o UNAIDS e o Fundo Global tem sido fundamental para apoiar milhões de pessoas que vivem com HIV ou são vulneráveis ao vírus, permitindo-lhes desfrutar de melhor saúde e bem-estar por meio do acesso ampliado a serviços essenciais.
“No UNAIDS, estamos entusiasmados em continuar a fortalecer nossa colaboração com o Fundo Global enquanto avançamos em direção ao nosso objetivo comum de acabar com a AIDS”, reforça Winnie.
Objetivo do novo quadro estratégico
O novo quadro estratégico coloca pessoas e comunidades no centro da resposta ao HIV e busca unir países, comunidades e organizações parceiras, tanto dentro quanto fora da resposta ao HIV, para priorizar ações que acelerem o progresso rumo à visão de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à AIDS.
“Nossa forte colaboração, especialmente no âmbito nacional, faz uma enorme diferença na luta contra a AIDS”, diz Peter Sands. “Nossos colegas no UNAIDS desempenham um papel crucial na ponta, ao colocar as comunidades que vivem com, e são afetadas pelo HIV no centro da resposta e garantir que abordagens baseadas em direitos sejam amplamente adotadas.”
A Estratégia do Fundo Global para o período entre 2023 e 2028 está totalmente alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com a Estratégia Global da AIDS, que orienta a resposta global ao HIV/AIDS da ONU.
Um dos focos primordiais é convocar todos os atores envolvidos na resposta ao HIV a ampliar e sustentar os investimentos globais e domésticos para alcançar as metas e compromissos ambiciosos para 2025, bem como colocar o mundo no caminho para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.
Redução das desigualdades
A colaboração sob o novo acordo se concentrará na redução das desigualdades que impulsionam a epidemia de AIDS e no fechamento das lacunas de prevenção e tratamento do HIV, que estão impedindo o progresso para acabar com a AIDS. Também priorizará as pessoas que ainda não têm acesso aos serviços de HIV que salvam vidas.
A abordagem comum apoia um foco renovado na prevenção primária, abordando os fatores estruturais da infecção por HIV e das mortes relacionadas à AIDS. Busca desafiar as inequidades e barreiras relacionadas aos direitos humanos e de gênero para os serviços, incluindo estigma, discriminação e criminalização.
Aproveita, também, novas modalidades de prevenção e tratamento do HIV, abordagens precisas de saúde pública e o apoio a sinergias entre serviços de HIV e áreas relacionadas à saúde.
Além disso, o quadro estratégico dará continuidade ao apoio de longa data para fortalecer a capacidade dos países de medir suas epidemias, monitorar suas respostas e agir com base nos dados para obter resultados.
Haverá também um esforço para que os países mapeiem a sustentabilidade a longo prazo da resposta ao HIV por meio de sistemas de saúde mais fortes, serviços mais integrados para o HIV e contribuições de doadores mais eficientes.