Existem aproximadamente 1.1 bilhão de meninas atualmente no mundo, a maior geração da história. Uma nova geração de jovens mulheres, formidável e sem precedentes, está exigindo ações e responsabilidade sobre várias questões que as afetam, desde mudança climática até educação de meninas, igualdade de gênero, fim do casamento infantil forçado, saúde menstrual e eliminação de violência de gênero.
No Dia Internacional das Meninas, que nesse ano tem como tema “GirlForce: unscripted and unstoppable” (Força das meninas: natural e invencível, na tradução livre para o português), o UNAIDS reafirma a urgência em empoderar, investir em envolver meninas adolescentes e jovens mulheres na definição da resposta à AIDS e e nas agendas mais amplas de saúde e desenvolvimento.
“Desigualdade de gênero, normas de gênero nocivas e a epidemia de violência de gênero continuam a impedir milhões de meninas a exercer seus direitos e a atingir seu potencial”, disse Gunilla Carlsson, diretora executiva interina do UNAIDS. “Investir no empoderamento, direitos e saúde de meninas adolescentes é um dos investimentos mais importantes do nosso tempo.”
Problemas múltiplos e interligados de saúde, econômicos e socioculturais aumentam a vulnerabilidade de meninas e jovens mulheres ao HIV, sendo que as meninas e jovens mais socialmente e economicamente marginalizadas são as mais afetadas pela epidemia. Em 2018, a cada semana, cerca de 6 mil adolescentes e jovens mulheres (com idade entre 15–24 anos) foram infectadas pelo HIV. A maior parte das novas infecções ocorreram na África Subsaariana, onde quatro a cada cinco pessoas jovens entre 15–19 anos que se infectaram com HIV foram mulheres.
Além disso, desigualdades e violência de gênero forçam milhares de meninas a se casar e a se tornarem mães. Ao redor do mundo, todo ano, 12 milhões de meninas abaixo de 18 anos de idade se casam e, todos os dias, 20 mil meninas abaixo de 18 anos de países em desenvolvimento dão à luz. O casamento precoce geralmente significa que as meninas vão ter dificuldade em negociar sexo seguro dentro do casamento, as fazendo especialmente vulneráveis ao HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
A ambiciosa meta da Declaração Política de 2016 da ONU sobre o Fim da AIDS, e a Estratégia de 2016–2021 do UNAIDS, defendem o empoderamento de mulheres e meninas, direitos e igualdade de gênero como indispensáveis para acabar com a AIDS e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O UNAIDS estimula todos os países a aproveitarem a oportunidade para impulsionar o poder e potencial desta geração de meninas.