Respeitar os direitos humanos das mulheres é fundamental para um mundo mais seguro, mais justo e mais saudável

Mensagem do Diretor Executivo do UNAIDS Michel Sidibé sobre o Dia Internacional das Mulheres

Neste Dia Internacional da Mulher (8/3), o mundo deve reafirmar o compromisso de alcançar o respeito pleno aos direitos humanos das mulheres, não só como uma obrigação moral mas também como uma base fundamental para um mundo mais seguro, mais justo e mais saudável. Capacitar essa geração de mulheres e meninas e acabar com esta lacuna entre os gêneros é parte central dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e também algo crucial para o fim da epidemia de AIDS até 2030.

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Apesar de termos alcançado um certo progresso rumo à  igualdade de gênero em determinadas áreas –  como educação e representação política – , ainda existem muitos desafios. O ritmo desta mudança na redução da desigualdade é inaceitavelmente lento. Por exemplo, as mulheres continuam ganhando muito menos do que os homens e enfrentando problemas no acesso aos serviços essenciais de saúde, incluindo cuidados em saúde sexual e reprodutiva.

Todos os dias, mais de 40 mil meninas se casam antes dos 18 anos, as complicações relacionadas  à gravidez e ao parto ainda são a segunda principal causa de morte entre adolescentes de  15 a 19 anos e estima-se que cerca de 120 milhões de meninas em todo o mundo tenham sido estupradas ou forçadas a atos sexuais no decorrer de suas vidas.

No Dia Internacional da Mulher,

o mundo deve reafirmar o compromisso

de atingir  o respeito pleno aos direitos humanos das mulheres,

não só como uma obrigação moral

mas também como uma base fundamental

para um mundo mais seguro,

mais justo e mais saudável.”

– Michel Sidibé, 

Diretor Executivo do UNAIDS 

As vulnerabilidades e os riscos associados ao HIV estão intimamente ligados a desigualdades de gênero entrelaçadas nos tecidos políticos, econômicos e sociais de nossas sociedades.

Doenças relacionadas à AIDS são a principal causa de mortes entre mulheres em idade reprodutiva no mundo. Em 2014, foram cerca de 220 mil novas infecções por HIV entre adolescentes de 10 a 19 anos ao redor do mundo, o que representa 62% do total de novas infecções do ano. Na África Subsaariana, as adolescentes entre 10 e 19 anos representam 72% do total de novas infecções pelo HIV dentro desta faixa etária.

A violência baseada no gênero e a falta de controle sobre as decisões que afetam as suas próprias vidas aumentam o risco de infecção pelo HIV entre as mulheres e meninas.

Uma semana antes da 60ª sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres e três meses antes da Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU sobre o fim da AIDS, o mundo deve reconhecer a ligação inegável entre alcançar a justiça social e criar as bases para o fim da epidemia de AIDS. Nenhuma pessoa deve ser deixada para trás.

A abordagem do UNAIDS de Aceleração da Resposta para o fim da epidemia de AIDS tem um conjunto de metas com prazos a serem cumpridos, entre as quais: a redução do número de pessoas infectadas pelo HIV de 2 milhões em 2014 para menos de 500 mil em 2020; a redução do número de pessoas que morrem por causa da AIDS de 1,2 milhão em 2014 para menos de 500 mil em 2020; e o fim da discriminação relacionada ao HIV.

Estes objetivos não serão atingidos sem um progresso muito mais forte capaz de garantir que os direitos humanos das mulheres sejam respeitados, tornando-as livres para tomar decisões bem informadas sobre sua saúde e bem-estar.

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