UNAIDS lamenta o falecimento da ativista Jacqueline Rocha Côrtes

É com profundo pesar que o UNAIDS informa o falecimento, ocorrido nesta quarta-feira (14), de Jacqueline Rocha Côrtes, ativista pela resposta ao HIV e à AIDS, bem como pelos direitos das pessoas trans.

Jacqueline teve uma relação estreita com o UNAIDS, atuando entre 2008 e 2013 como assessora de Programas no escritório do UNAIDS no Brasil. Ela foi a primeira funcionária abertamente trans do UNAIDS e participou ativamente do UN Plus, o grupo de pessoas vivendo com HIV das Nações Unidas, tendo, nessa função, participado de reuniões com o Secretário-Geral das Nações Unidas para discutir questões fundamentais como o estigma e o seguro de saúde.

Além de sua passagem pelo UNAIDS, entre 2003 e 2005, Jacqueline foi delegada de Organizações Não Governamentais (ONGs) na Junta de Coordenação de Programas (conhecida pela sigla em inglês PCB), representando a América Latina e o Caribe. Entre 2005 e 2006, foi chefe da Assessoria de Cooperação Internacional do Programa Nacional de Aids do Ministério da Saúde. Nessa função, representou o Brasil em reuniões do PCB.

Em 2021, integrou a Força-Tarefa Multissetorial para a Reunião de Alto Nível sobre HIV da Assembleia Geral da ONU, representando o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP/Brasil), o Movimento Latino-Americano e Caribenho de Mulheres Posithivas (MLCM+), e o Instituto Nacional de Mulheres Redesignadas (INAMUR/Brasil), contribuindo para que a voz da sociedade civil fosse ouvida na Reunião de Alto Nível sobre AIDS.

Em 2022, Jacqueline foi uma das pessoas homenageadas pelo UNAIDS durante o II Seminário de Visibilidade Trans.
“A perda de Jacque é profundamente sentida por todos nós no UNAIDS. Ela não foi apenas uma colega dedicada, mas uma verdadeira liderança na resposta ao HIV, assim como na busca incessante e incansável pelos direitos humanos”, disse Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil.

“Seu legado de trabalho incansável abriu portas e pavimentou o caminho para que muitas outras pessoas da diversidade e vivendo com HIV pudessem hoje contribuir ativamente para a resposta ao HIV dentro e fora do UNAIDS.”

Jacque fala sobre o documentário “Meu Nome é Jaque”

A equipe do UNAIDS expressa seus mais sinceros sentimentos e sua solidariedade à família e aos amigos de Jacqueline.

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