O uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) cresce, mas não rápido o suficiente

Já faz mais de uma década que a primeira evidência da eficácia da profilaxia pré-exposição oral diária (PrEP) foi publicada. A PrEP é agora uma opção muito importante para pessoas que têm maior probabilidade de ter contato com o HIV, e sua aceitação global continuou a aumentar, apesar da pandemia da COVID-19. Dados mostram que aproximadamente 845 mil pessoas em pelo menos 54 países receberam a PrEP em 2020—um aumento de 43% desde 2019, e de 182%, se comparado a 2018.

Em grande medida, a expansão da PrEP ainda está altamente concentrada em um número muito pequeno de países, especialmente nos Estados Unidos, e na África oriental e austral, onde o Quênia e a África do Sul representaram 19% das pessoas que receberam PrEP ao menos uma vez durante 2020 na região.

No entanto, continuam a existir lacunas substanciais na disponibilidade da PrEP: o número total de pessoas utilizando esta opção de prevenção em 2020 foi de apenas 28% da meta de três milhões em países de baixa e média renda, o que representa apenas 8% da nova meta global para 2025.

Segundo dados do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), do Ministério da Saúde, no Brasil, até o final de 2021, 29.989 pessoas tiveram pelo menos uma dispensação de PrEP sem a descontinuidade do uso. Em 2019, o número de pessoas usuárias, segundo DCCI, foi de 10.035.

Outros dados sobre Profilaxia Pré-Exposição podem ser conferidos aqui.