O terceiro relatório anual de Saúde Global 50/50 classificou novamente o UNAIDS como uma organização com “pontuação muito alta”. Foram analisados os progressos feitos nos últimos 12 meses, por organizações ativas no setor da saúde, para implementar políticas que promovam a igualdade de gênero, a não discriminação e a inclusão no local de trabalho.
O UNAIDS é um entre 13 dos 200 principais órgãos de saúde globais—financiadores, organizações não-governamentais, organizações corporativas e outros com presença em pelo menos três países—a ser classificado com uma pontuação muito alta. Outras 27 organizações receberam pontuações altas.
“Tenho orgulho de que o UNAIDS seja visto como sensível a questões de gênero e inclusivo”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. “Mas precisamos continuar desenvolvendo esses resultados—ainda temos um longo caminho a percorrer”.
Os pesquisadores avaliaram o gênero, a geografia das lideranças globais em saúde e a presença de políticas de gênero e diversidade nos locais de trabalho. O relatório também avaliou se as organizações abordam o papel crucial das questões de gênero em seus programas de investimento em saúde e suas prioridades em saúde.
Embora identifique algum progresso em direção à igualdade de gênero entre as 200 organizações pesquisadas, o relatório alerta que o ritmo da mudança é muito lento, e estima que levará mais de 50 anos para alcançar a paridade nos níveis mais altos das organizações globais de saúde.
“Muitas das 200 organizações que analisamos estão aquém das medidas de igualdade que pretendem apoiar. Mais de 70% dos executivos e presidentes dos conselhos de administração são homens, enquanto apenas 5% são mulheres em países de baixa e média renda ”, disse Sarah Hawkes, co-fundadora do Saúde Global 50/50 e professora de Saúde Pública Global na University College London.
Poder, privilégios e prioridades (na tradução livre para o português) é o terceiro relatório do Saúde Global 50/50. Relatórios anteriores do Saúde Global 50/50 também consideraram o UNAIDS como um líder em questões de gênero, sendo classificado entre as nove melhores de 140 organizações em 2018 e entre as 14 melhores de quase 200 organizações em 2019.