O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) promoveu, na segunda-feira (26), em Salvador (BA), o segundo workshop da série “Comunicação e Zero Discriminação em HIV e AIDS”. O evento, realizado no auditório do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), é uma ação do UNAIDS com apoio do IRDEB e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e faz parte do Plano Conjunto da ONU sobre AIDS 2019.
Foram duas turmas (manhã e tarde) compostas por comunicadores, estudantes e profissionais de áreas relacionadas à saúde. Ao todo, cerca de 70 pessoas participaram do seminário, cujo objetivo foi apresentar uma atualização de conceitos e terminologias relacionados ao universo do HIV e da AIDS, além de demonstrar práticas sobre as soluções mais recomendadas e informadas por evidências a respeito da epidemia de HIV, estigma, discriminação e direitos humanos.
Flávio Gonçalves, diretor geral do IRDEB, ressaltou que, como parceiro das Nações Unidas, o IRDEB inclui na programação da TVE Bahia e da Rádio Educadora FM conteúdos produzidos pelas agências, fundos e programas da ONU pela promoção da Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável. “É muito raro, nos veículos de mídia brasileiros, termos informações sobre saúde na programação. As pessoas estarem bem ou mal informadas sobre HIV depende de nós. Cabe a nós levar as informações de forma correta. Nosso papel é levar informações que possam acrescentar à vida das pessoas de alguma forma”, disse. “Estamos felizes de acolher este tipo de iniciativa aqui em nossa casa, envolvendo também nossas equipes, para que consigamos abordar o tema da melhor forma possível e inspirar outras pessoas.”
Bernardo Alves, 25 anos, é publicitário e participou do workshop. “Trabalho com arte e informação, e este evento é muito importante para o aprendizado. Principalmente quando se trata de questões relacionadas à terminologia. A mídia não trabalha isso, o que é prejudicial. Acho importante ter o conhecimento e passá-lo adiante”, diz.
Para Daniel de Castro, assessor de Comunicação do UNAIDS, a prevenção passa inevitavelmente por um processo de comunicação. “Por isso estamos aqui para falar desse tema, que é negligenciado não só por profissionais da área de Comunicação mas também profissionais de Saúde e gestores públicos. A prevenção passa pelo entendimento, pelo conhecimento, pela divulgação de informações informadas por evidência e que são relevantes para o dia a dia, principalmente dos jovens”, alerta.
Esta nova série de workshops teve a primeira edição em Recife e busca promover uma reflexão sobre o importante papel da mídia e das diversas áreas da comunicação na resposta à epidemia de HIV. Além de Salvador, estão programadas oficinas para outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.