Curso de Difusão sobre HIV e Zero Discriminação, realizado pelo UNAIDS em parceria com o Programa USP Diversidade, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), encerrou o ano com seis sessões: três delas com foco em Comunicação em HIV e Zero Discriminação e três sobre HIV e Zero Discriminação nos Serviços de Saúde.
Todas as oficinas foram presenciais, gratuitas e abertas ao público em geral, com cerca de quatro horas de duração cada. As oficinas contaram com uma participação média de 20 alunos por sessão.
Nos dias 25 e 26 de outubro, os encontros aconteceram na Escola de Comunicações e Artes (ECA) com o tema Comunicação e Zero Discriminação em HIV/AIDS e tiveram como objetivo promover um debate com foco na comunicação e no jornalismo, oferecendo uma atualização sobre as terminologias vigentes, o papel da mídia e dos profissionais de comunicação na resposta à epidemia de HIV.
Nos dias 8 e 9 de novembro, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) recebeu o curso HIV e Zero Discriminação nos Serviços de Saúde. A oficina foi apresentada a três turmas com programação voltada a profissionais dos cursos de gestão e saúde, como medicina, enfermagem, nutrição, psicologia, odontologia, educação física e controladoria.
Os conteúdos foram ministrados pela coordenadora do Programa USP Diversidade, professora Ana Paula Morais Fernandes, Georgiana Braga-Orillard (Diretora do UNAIDS no Brasil), Daniel de Castro (Assessor de Comunicação do UNAIDS), Cleiton Euzébio de Lima (Assessor de Mobilização Comunitária e Trabalho em Rede do UNAIDS) e Silvia Almeida (Consultora do UNAIDS em São Paulo).
Em cada curso foram apresentados dados recentes sobre a epidemia, dados de monitoramento da mídia a respeito do HIV no Brasil e o impacto do estigma e discriminação na prevenção, testagem e tratamento nos serviços de saúde.
Um dos instrumentos de base para a construção dos cursos foi o Guia de Terminologia do UNAIDS, traduzido e adaptado para o português em 2017. O Guia é um misto de manual e glossário com os principais termos e expressões utilizados por quem trabalha com assuntos relacionados ao HIV e à AIDS: desde técnicos, gestores e profissionais de saúde até jornalistas e influenciadores.
Estudos sobre estigma e discriminação nos serviços de saúde demonstram que pessoas vivendo com HIV que vivenciam experiências de estigma são 2,4 vezes mais propensas a adiar a vinculação a um serviço de saúde até que estejam doentes. Em 19 países com dados disponíveis, uma em cada cinco pessoas vivendo com HIV evitou dirigir-se a uma clínica ou hospital porque temia sofrer com o estigma ou a discriminação em relação a sua sorologia positiva para o HIV.