UNAIDS pede parcerias mais fortes para acabar com as epidemias de tuberculose e HIV

No Dia Mundial da Tuberculose (TB)  – 24/3 – o UNAIDS pede parcerias mais fortes e uma abordagem unificada para acabar com a dupla epidemia de TB e HIV e salvar milhões de vidas.

Nunca foi tão urgente para os governos, comunidades médica e científica, setor privado e pessoas afetadas por estas epidemias estarem juntos para garantir acesso a regimes de tratamento existentes e para pressionar por novas ferramentas de diagnóstico e tratamento capazes de alcançar todas as pessoas em necessidade.

“Nós conseguimos mais quando trabalhamos juntos e usamos todas as nossas forças para alcançar metas ambiciosas”, disse o Diretor-Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.

“Aproveitando o potencial de todos envolvidos na resposta ao HIV e à TB, é necessário agora, mais do que nunca, acabar com essas epidemias e criar um mundo mais saudável, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.Dr. Stephen Watiti prepares to take ARVs in the garden of his house in Kampala, Uganda on April 18 2013.

Em todo o mundo, 9,6 milhões de pessoas ficaram doentes com tuberculose em 2014 e 1,5 milhão de pessoas morreram por causa da doença. A tuberculose também continua a ser a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com o HIV, atingindo uma em três mortes relacionadas à AIDS por ano – cerca de 390 mil das 1,2 milhão de mortes relacionadas à AIDS em 2014.

Além disso, cerca de 480 mil pessoas em 2014 desenvolveram a chamada TB multirresistente. Assim como com HIV, as comunidades mais carentes e as populações afetadas pelo estigma e a discriminação são mais vulneráveis à infecção.

A comunidade internacional está empenhada em acabar com as epidemias de tuberculose e HIV dentro do marco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

Isto só será possível através do reforço e da aceleração das respostas atuais, maximizando a contribuição de todos os envolvidos através de uma abordagem coerente entre os níveis internacional, regional, nacional e local.

Por exemplo, o desenvolvimento de novos instrumentos de diagnóstico, tratamento e potenciais vacinas contra HIV e TB devem ser acelerados, especialmente em resposta ao surgimento de tuberculose resistente a múltiplos medicamentos.

Mais importante ainda, estes novos regimes e ferramentas devem estar ao alcance de todas as pessoas afetadas pela dupla epidemia.

Adotada em 2014, a Estratégia para o Fim da Tuberculose da Organização Mundial da Saúde reconhece que o fim da epidemia de TB depende de uma melhor elaboração de políticas em nível internacional, regional e nacional, bem como medidas mais fortes para aumentar a proteção social, reduzir a pobreza e combater outras determinantes que aumentem a vulnerabilidade das pessoas à infecção.

Dr. Stephen Watiti looks at the medicine of his patient Richard Kunya in his office in Mildmay hospital in Lweza, Uganda on April 18 2013.

O fortalecimento das capacidades sobre cuidados de saúde será também um fator importante para atingir até 2035 as metas de redução de mortes por tuberculose em 95% e de novos casos em 90%.

Os mesmos fatores se aplicam para acabar com a epidemia de HIV.

O UNAIDS continua empenhado em trabalhar em estreita colaboração com os países, doadores, comunidades e parceiros, incluindo a Organização Mundial de Saúde, a Parceria Stop TB e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária para maximizar o poder das comunidades em todos os lugares e acabar com as epidemias de TB e HIV.

 

Foto de destaque: Lana Abramova/MSF

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