No Dia Mundial da Tuberculose (TB) – 24/3 – o UNAIDS pede parcerias mais fortes e uma abordagem unificada para acabar com a dupla epidemia de TB e HIV e salvar milhões de vidas.
Nunca foi tão urgente para os governos, comunidades médica e científica, setor privado e pessoas afetadas por estas epidemias estarem juntos para garantir acesso a regimes de tratamento existentes e para pressionar por novas ferramentas de diagnóstico e tratamento capazes de alcançar todas as pessoas em necessidade.
“Nós conseguimos mais quando trabalhamos juntos e usamos todas as nossas forças para alcançar metas ambiciosas”, disse o Diretor-Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.
“Aproveitando o potencial de todos envolvidos na resposta ao HIV e à TB, é necessário agora, mais do que nunca, acabar com essas epidemias e criar um mundo mais saudável, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.
Em todo o mundo, 9,6 milhões de pessoas ficaram doentes com tuberculose em 2014 e 1,5 milhão de pessoas morreram por causa da doença. A tuberculose também continua a ser a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com o HIV, atingindo uma em três mortes relacionadas à AIDS por ano – cerca de 390 mil das 1,2 milhão de mortes relacionadas à AIDS em 2014.
Além disso, cerca de 480 mil pessoas em 2014 desenvolveram a chamada TB multirresistente. Assim como com HIV, as comunidades mais carentes e as populações afetadas pelo estigma e a discriminação são mais vulneráveis à infecção.
A comunidade internacional está empenhada em acabar com as epidemias de tuberculose e HIV dentro do marco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Isto só será possível através do reforço e da aceleração das respostas atuais, maximizando a contribuição de todos os envolvidos através de uma abordagem coerente entre os níveis internacional, regional, nacional e local.
Por exemplo, o desenvolvimento de novos instrumentos de diagnóstico, tratamento e potenciais vacinas contra HIV e TB devem ser acelerados, especialmente em resposta ao surgimento de tuberculose resistente a múltiplos medicamentos.
Mais importante ainda, estes novos regimes e ferramentas devem estar ao alcance de todas as pessoas afetadas pela dupla epidemia.
Adotada em 2014, a Estratégia para o Fim da Tuberculose da Organização Mundial da Saúde reconhece que o fim da epidemia de TB depende de uma melhor elaboração de políticas em nível internacional, regional e nacional, bem como medidas mais fortes para aumentar a proteção social, reduzir a pobreza e combater outras determinantes que aumentem a vulnerabilidade das pessoas à infecção.
O fortalecimento das capacidades sobre cuidados de saúde será também um fator importante para atingir até 2035 as metas de redução de mortes por tuberculose em 95% e de novos casos em 90%.
Os mesmos fatores se aplicam para acabar com a epidemia de HIV.
O UNAIDS continua empenhado em trabalhar em estreita colaboração com os países, doadores, comunidades e parceiros, incluindo a Organização Mundial de Saúde, a Parceria Stop TB e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária para maximizar o poder das comunidades em todos os lugares e acabar com as epidemias de TB e HIV.
Foto de destaque: Lana Abramova/MSF