UNAIDS se coloca ao lado das pessoas e organizações ao redor do mundo na comemoração do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOT), neste 17 de maio.
Nesta mesma data, há 26 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de distúrbios mentais. O tema do IDAHOT para 2016 é a saúde mental e o bem-estar.
Embora ainda haja muito progresso a ser feito para alcançarmos a visão do UNAIDS de zero discriminação, houve passos encorajadores na direção certa. Em junho de 2015, Moçambique descriminalizou a homossexualidade em seu novo código penal. Em setembro de 2015, 12 agências das Nações Unidas emitiram um poderoso chamado à ação pelo fim da violência e discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais (LGBTI).
“Direitos LGBTI+ são direitos humanos. Nossa obrigação é desafiar o preconceito onde quer que estejamos. ”
Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé
Em maio de 2016, o Governo dos Estados Unidos divulgou um guia de orientações “para ajudar a fornecer a educadores a informação que precisam para garantir que todas e todos os estudantes, incluindo pessoas trans, possam frequentar a escola em um ambiente livre de discriminação baseada no sexo.”
“É inaceitável que lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e pessoas intersex (LGBTI) enfrentem violência e discriminação apenas por causa de quem elas são e de quem elas amam”, disse o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. “São nossos filhos e nossas filhas, irmãos e irmãs, amigos, amigas e colegas. Direitos LGBTI+ são direitos humanos. Nossa obrigação é desafiar o preconceito onde quer que estejamos.”
Muitas pessoas LGBTI+ seguem enfrentando enormes desafios diários, às vezes vivendo com medo, emisolamento e fora do alcance de serviços de saúde. O medo de abuso ou discriminação por parte dos profissionais de saúde impede as pessoas de terem acesso a serviços de testagem e tratamento para o HIV. Além disso, um grande percentual de pessoas LGBTI+ enfrenta isolamento e discriminação em seu ambiente social mais próximo, afetando negativamente a sua saúde mental.
Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que incluem acabar com a AIDS até 2030, exige o fim da discriminação em todas as suas formas.
UNAIDS pede pelo acesso pleno e completo aos cuidados de saúde de qualidade para pessoas LGBTI+, incluindo o acesso aos serviços de saúde mental, que muitas vezes, contam com menos recursos nos sistemas de saúde. “Agir com compaixão. Abraçar a diversidade. Não deixar ninguém para trás “, acrescentou o Sr. Sidibé.
A eliminação da discriminação será um dos temas centrais de discussão na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU para o fim da AIDS, que acontecerá na sede das Nações Unidas em Nova York (EUA), de 8 a 10 de junho de 2016.
Para mais informações, acesse www.hlm2016aids.unaids.org
Foto de capa: Felipe Siston