Pouco mais de uma semana antes do Dia Mundial contra a AIDS, a Embaixadora Internacional de Boa Vontade do UNAIDS, Victoria Beckham, visitou a sede da organização em Genebra, na Suíça, para apoiar as pessoas a conhecer seu estado sorológico para o HIV e buscar tratamento, caso seja necessário.
“Estou muito feliz por estar em Genebra para apoiar o UNAIDS na preparação para o Dia Mundial contra a AIDS”, disse Beckham durante sua visita. “Precisamos ter certeza de que as pessoas se sintam apoiadas para fazer o teste de HIV acabando com o estigma e a discriminação que ainda estão associados com o vírus. Hoje, temos os medicamentos para manter as pessoas saudáveis e impedir que o vírus seja transmitido. A AIDS ainda não acabou, mas pode acabar.”
O UNAIDS estima que, em 2017, cerca de 36,9 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo, com cerca de 21,7 milhões de pessoas com acesso a medicamentos capazes de salvar vidas, manter as pessoas vivas e bem e interromper a transmissão do vírus. No entanto, o UNAIDS também estima que cerca de uma em cada quatro pessoas no mundo continua a desconhecer que vive com HIV.
Durante a visita, o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, reuniu-se com a Embaixadora para agradecer seu apoio e discutir os últimos desenvolvimentos na resposta à AIDS.
“Fizemos muitos progressos na ampliação do acesso ao tratamento, mas o número de pessoas que não conhecem seu estado sorológico para o HIV ainda é alto demais”, disse Sidibé. “Temos que garantir que as pessoas tenham acesso aos serviços de testagem e recebam tratamento imediatamente, se precisarem. Também temos que garantir que as pessoas tenham acesso a toda a gama de opções de prevenção do HIV para reduzir o número de novas infecções pelo vírus.”
Graças à terapia antirretroviral, as mortes relacionadas à AIDS foram reduzidas em mais de 51% desde o pico em 2004. Em 2017, 940.000 pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS em todo o mundo, comparado a 1,9 milhão em 2004. Em 2017, no entanto, houve 1,8 milhão de novas infecções por HIV.
Em muitas regiões do mundo, as mulheres continuam sendo as mais afetadas pela epidemia e a cada semana, 6600 jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV. Na África Subsaariana, três em cada quatro novas infecções entre adolescentes de 15 a 19 anos acontecem entre meninas, e as jovens de 15 a 24 anos têm duas vezes mais chances de viver com HIV do que os homens.
Em outras regiões, a epidemia está concentrada em populações-chave, como homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas trans, pessoas que usam drogas injetáveis, pessoas privadas de liberdade e migrantes.
Estima-se que cerca de 35,4 milhões de pessoas em todo o mundo morreram de uma doença relacionada à AIDS desde o início da epidemia.