No Dia da Conscientização da Vacina contra o HIV, 18 de maio, o UNAIDS pede mais pesquisas e investimentos para encontrar uma vacina eficaz na proteção ao HIV e na prevenção de novas infecções. Em 2016, cerca de 1,8 mihão de pessoas foram infectadas pelo HIV e, embora o número de novas infecções tenha diminuído nos últimos anos, o mundo ainda está longe de alcançar a meta de reduzir as novas infecções por HIV para menos de 500 mil até 2020.
“As novas infecções por HIV estão em declínio, mas não no ritmo necessário, e o fim das novas infecções deve ser uma prioridade global”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS. “Atualmente, existem 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV, todas necessitando de tratamento caro para a vida toda, o que será difícil de sustentar a longo prazo. Para realmente acabar com a AIDS, é essencial encontrar uma vacina eficaz contra o HIV e uma cura.”
Em meados de 2017, mais da metade (20,9 milhões) dos 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV tiveram acesso aos medicamentos antirretrovirais para mantê-los vivos e saudáveis. Durante a próxima década, os esforços serão ampliados para que todas as pessoas que vivem com HIV possam ter acesso ao tratamento tratamento capaz de salvar vidas. Sem uma cura ou uma vacina, milhões de pessoas precisarão ser mantidas em tratamento por toda a vida.
Passos promissores foram dados nos últimos anos, com quatro testes de grande escala em andamento e desenvolvimentos empolgantes a caminho. Abordagens inovadoras para a imunização estão mostrando resultados promissores em modelos animais e uma variedade cada vez maior de anticorpos neutralizantes amplamente potentes foi descoberta e pode ser desenvolvida para sobreviver no corpo humano, para que possamos, um dia, evitar a infecção pelo HIV com um injeção por ano.
Vacinas seguras e eficazes podem mudar o mundo. Algumas infecções que eram comuns, mataram milhões e deixaram inúmeras pessoas com deficiências, tornaram-se raras. A varíola foi erradicada, apenas 17 pessoas desenvolveram pólio em 2017 e, em 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde declarou que o sarampo havia sido eliminado da região das Américas.
Uma vacina eficaz, durável, acessível e segura para o HIV seria um avanço significativo nos esforços para acabar com a AIDS. Na década passada, os investimentos permaneceram estáveis, em torno de 900 milhões de dólares por ano, o que representa menos de 5% do total de recursos necessários para a resposta à AIDS. Aumentando os investimentos em pesquisa de vacinas contra o HIV, diversificando o financiamento e atraindo os melhores cientistas de todo o mundo, a vacina para o HIV pode se tornar realidade.