O preservativo era, até pouco tempo atrás, a única opção disponível para a prevenção do HIV. Mas surgiram novas estratégias de prevenção como ferramentas complementares para a resposta à epidemia de HIV, ampliando a gama de opções que os indivíduos têm para se prevenir do vírus. A estratégia adotada por uma pessoa para se prevenir do HIV, associando diferentes ferramentas ou métodos (ao mesmo tempo ou em sequência) conforme a situação, risco e escolhas é conhecida como ‘prevenção combinada’.
A prevenção combinada visa obter o máximo de impacto na prevenção do HIV, além de trazer inúmeros benefícios para a saúde das pessoas que vivem com HIV, pois pode diminuir a carga viral a níveis indetectáveis, o que faz com que essas pessoas deixem de transmitir o vírus sexualmente.
Entre as opções de prevenção combinada, destaca-se a testagem para o HIV, que pode ser feita gratuitamente no Sistema Único de de Saúde (SUS), ONG’s especializadas e laboratórios particulares; o uso do gel lubrificante a base de água (que diminui o atrito no ato sexual e a possibilidade de microlesões que funcionam como porta para o HIV); a prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho); o tratamento de ISTs e hepatites virais; a imunização de pessoas vivendo com HIV; redução de danos; a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP).
A PrEP é a utilização do medicamento antirretroviral por indivíduos que não estão infectados, mas se encontram em situação de elevado risco de infecção.
Evidências comprovaram que a PrEP é uma estratégia eficaz, com mais de 90% de redução da transmissão e sem nenhuma evidência de compensação de risco. Com o medicamento já circulando no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo.
Já a profilaxia pós-exposição (PEP), refere-se ao uso do medicamento antirretroviral após uma situação de possível contato com o HIV. A PEP é oferecida gratuitamente em serviços de atendimento de emergência ou em Serviços de Atendimento Especializados (SAE).
A infecção por HIV não tem cura, mas o tratamento adequado pode evitar que as pessoas que vivem com o vírus desenvolvam a AIDS.
De acordo com o relatório global do UNAIDS, Direito à saúde, o tratamento para o HIV tem registrado progressos notáveis, com aumento significativo no acesso ao tratamento antirretroviral ao redor do mundo. Enquanto em 2000, apenas 685 mil pessoas vivendo com HIV tinham acesso ao tratamento, até junho de 2017, esse número era de 20,9 milhões de pessoas. O número de pessoas em tratamento tem contribuído para manter mais pessoas soropositivas vivas e com melhor qualidade de vida.
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