O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre /AIDS (UNAIDS) lidera e inspira o mundo para alcançar sua visão compartilhada de zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à AIDS. O UNAIDS une os esforços de 11 organizações—ACNUR, UNICEF, PMA, PNUD, UNFPA, UNODC, ONU Mulheres, OIT, UNESCO, OMS e Banco Mundial—e trabalha em estreita colaboração com parceiros nacionais e globais para acabar com a epidemia da AIDS até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Em seus esforços para eliminar a epidemia até 2030, o UNAIDS tem firmado parcerias nas diversas esferas da sociedade para combater o estigma e a discriminação em relação a pessoas vivendo com HIV e para enfrentar as barreiras sociais e estruturais que ainda se apresentam como obstáculos para pleno acesso aos serviços de saúde.
Em 2016, o trabalho com o Ministério da Saúde foi marcado pela implementação do projeto Apoio à resposta nacional ao HIV/AIDS, por meio de parceria entre o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde e o UNAIDS, para promover os direitos humanos e a redução do estigma e da discriminação de pessoas vivendo com HIV e populações vulneráveis, firmado através do escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil.
A iniciativa Zero Discriminação e seus desdobramentos serviram de base e principal referência para as ações desenvolvidas dentro deste projeto em 2016. A Zero Discriminação é um dos pilares da atuação do UNAIDS em todo o mundo e tem como objetivo contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação, promovendo o direito de todas as pessoas a uma vida plena, produtiva e com dignidade.
“Não é suficiente fazer mais do mesmo,” disse a diretora do DIAHV, Adele Benzaken, durante a Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU sobre o Fim da AIDS, realizada em junho de 2016, em Nova York. Essa afirmação resume bem a visão compartilhada para a resposta ao HIV e foi issoque pautou nossa estratégia e atuação no âmbito desse projeto.
O ano de 2016 foi desafiador em vários sentidos, mas consolidou muitas conquistas e abriu caminhos e oportunidades importantes de promoção do debate em torno da Aceleração da Resposta ao HIV nas cidades, do poder e protagonismo da juventude e também da necessidade incontornável da promoção dos direitos humanos e da zero discriminação. Esses foram os três grandes eixos da atuação do UNAIDS no Brasil.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 foram uma oportunidade única para a sensibilização e mobilização da sociedade em torno desses temas. Inspirados no Princípio 6 da Carta Olímpica, o UNAIDS e o DIAHV engajaram diversos parceiros—UNFPA, UNESCO, União Europeia, AHF e Pela Vidda-RJ, Prefeitura de Salvador e GAPA-BA—na iniciativa #EuAbraço para promover a zero discriminação e a prevenção do HIV.
O fomento do debate sobre AIDS na grande mídia também foi uma importante conquista em 2016. A parceria com a área de Responsabilidade Social da Globo, iniciada em 2015, consolidou-se em 2016 por meio de diversas atividades, entre elas consultorias técnicas para diversas iniciativas de educação e entretenimento (edutainment)—inclusive a campanhas e telenovelas com alcance de milhões de telespectadores de audiência.
As ações também se voltaram para a consolidação da estratégia de capacitação e desenvolvimento de jovens lideranças de populações-chave para resposta à epidemia. Várias atividades de formação e de apoio a encontros marcaram as ações do UNAIDS e seus parceiros ao longo do ano, ajudando a criar espaços de diálogo sobre direitos humanos e estigma e discriminação em relação ao HIV.
Por fim, o objetivo deste documento é trazer um resumo dessas ações, campanhas e parcerias. É também um registro importante de que só com esforços conjuntos é possível fazer melhor—e ir além—nos esforços para que possamos alcançar até 2020 as metas 90-90-90 de tratamento e Acelerar a Resposta ao HIV, principalmente se quisermos acabar com a epidemia de AIDS até 2030.
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