Brasília recebe esta semana (23 a 27/2) a 3ª edição do Curso de Formação de Jovens Lideranças: Ativismo e Mobilização Social para a Resposta e Controle do HIV/AIDS. Enquanto as duas primeiras edições tiveram foco maior em jovens ligados direta e indiretamente com o ativismo, este terceiro encontro é voltado para 50 jovens de 18 a 26 anos, estudantes e trabalhadores da área de saúde: medicina, enfermagem, psicologia, assistência social e farmácia .
Com esta edição do curso, completa-se o grupo de 150 jovens selecionados entre 1.019 inscritos de todo o Brasil para este projeto de formação de lideranças. A maioria dos participantes selecionados ao longo das três edições do Curso de Formação de Jovens Lideranças integra as populações-chave consideradas prioritárias para o enfrentamento à epidemia no Brasil: gays, outros homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis, transexuais e profissionais do sexo. Algumas destas jovens lideranças também trabalham com pessoas que usam drogas e com redução de danos; outros, ainda, integram duas populações também consideradas vulneráveis como negros e indígenas.
O curso é fruto de parceria entre a sociedade civil, o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde e quatro organismos da ONU – Programa Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS (UNAIDS), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Fundo das Nações Unidas para Populações (UNFPA).
Georgiana Braga-Orillard, Diretora do UNAIDS Brasil, participou hoje da palestra de abertura da 3ª edição do Curso de…
Publicado por UNAIDS Brasil em Terça, 23 de fevereiro de 2016
Durante a abertura do encontro (23/2), Diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, agradeceu o empenho de todos para a realização do curso. “Muito obrigada por terem comprado essa briga”, disse. “Não é fácil, mas este curso tem sido extremamente proveitoso, tanto para nós quanto para vocês: este é um projeto do coração.” A Diretora do UNAIDS acrescentou que considera o curso muito importante para o controle da epidemia de HIV no Brasil: “Acreditamos em vocês e em sua capacidade de contribuir para esta resposta”.
“Esta parceria caracteriza o que temos de sucesso na resposta à AIDS: nós não trabalhamos sozinhos”, disse o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, ao abrir o evento. “Este é um trabalho conjunto, com a sociedade civil e com as agências internacionais, para que possamos construir um país cada vez menos desigual, que aceite toda a nossa diversidade”, reiterou.
“Não podemos insistir em fazer sempre a mesma coisa e achar que assim vamos mudar o mundo: a insistência em fazer mais do mesmo dá 7 a 1 para a Alemanha.”
Para Mesquita, a participação popular – permeada de criatividade, inovação e da sabedoria das ruas – vai ao encontro do enfrentamento a uma epidemia que, há 30 anos, está em constante mutação. “Não podemos insistir em fazer sempre a mesma coisa e achar que assim vamos mudar o mundo: a insistência em fazer mais do mesmo dá 7 a 1 para a Alemanha”, brincou o diretor, garantindo que o Brasil aposta na juventude para aprender “com energia e ideias novas”. “Assim, com estes cursos de formação, pretendemos provocar uma nova onda de pessoas engajadas na importante luta contra a epidemia de HIV no país”, resumiu Mesquita.
A abertura do III Curso de Formação de Jovens Lideranças contou também com a presença dos representantes da Unesco, Mariana Braga; do Unicef, Kelly Portolan; e do UNFPA, Jaime Nadal.
Ao longo da semana, os participantes vão discutir os temas mais importantes relacionados ao atual o panorama da epidemia no país e no mundo: Sistema Único de Saúde (SUS) e o Ativismo; Diversidade e Direitos Humanos; Viver e Conviver com HIV/AIDS – conceituação, prevenção tratamento, coinfecções, novas tecnologias, interações medicamentosas, acolhimento e aconselhamento –; Incidência e Atuação em Políticas de Saúde; e Comunicação Instrumental. Ao final, o grupo fará visitas às sedes do DDAHV e da ONU no Brasil.
Juntas, as três edições do curso irão subsidiar um módulo de educação à distância (EAD).
(com informações do DDAHV)