No próximo dia 1º de dezembro o UNICEF abre suas redes sociais para os jovens que vivem e convivem com o HIV. Neste dia, quatro ativistas serão os protagonistas da conta do UNICEF Brasil no twitter (@unicefbrasil). Eles contarão suas histórias de vida e falarão sobre mitos e tabus, questões como preconceito e estigma, o dia-a-dia com o HIV, projetos pessoais, o trabalho de participação cidadã e as suas lideranças em movimentos de adolescentes e jovens.
Utilizando a hashtag #EuFaloSobre eles vão reforçar a importância do diálogo para reduzir o preconceito, o estigma e a discriminação e a necessidade de se conhecer o diagnóstico e início precoce do tratamento, evitando assim o desenvolvimento da doença. Idealizada por jovens do Projeto Boa Sorte, a hashtag foi abraçada pelas redes sociais de diversos organismos da ONU no Brasil, entre eles UNICEF e do UNAIDS (Programa Conjunto da ONU sobre HIV/AIDS), além de diversos outros jovens e influenciadores online de todo o Brasil.
Na conta do UNICEF América Latina e Caribe (@uniceflac), o Brasil compartilhará também o espaço com jovens da Guatemala, Honduras, México, República Dominicana e El Salvador.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo UNICEF, o número de mortes de adolescentes com aids triplicou nos últimos 15 anos. A dificuldade de acesso ao tratamento e acesso a informação ainda são apontadas como as principais causas para a epidemia entre os jovens, aliados à discriminação, o preconceito e o estigma, que acabam afastando os jovens dos serviços de saúde.
Esta é a primeira vez que os escritórios do UNICEF da América Latina e Caribe abrem suas redes sociais para os adolescentes e jovens dando a eles a voz necessária para que possam expor suas realidades.
Dados sobre a epidemia no Brasil e no Mundo -Entre as pessoas que vivem com HIV, os adolescentes são o único grupo em que não houve decréscimo no número de mortes. No Brasil, entre 2004 e 2013, o número de casos em meninos com idade entre 15 e 19 anos aumentou em 53% (Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 2010). Neste período, a incidência de HIV/aids em adolescentes do sexo masculino com idades entre 13 e 19 anos era 30% maior do que em meninas da mesma faixa etária, revelando assim o crescimento de uma epidemia concentrada entre meninos que fazem sexo com outros meninos. Este grupo tem até 10 vezes mais chances de contrair o HIV do que os heterossexuais na mesma faixa etária.
Jovens lideranças participantes do Twitter Takeover
Os jovens selecionados para o Twitter Takeover fazem parte das duas turmas do Curso de Jovens Lideranças sobre ativismo e mobilização social para a resposta e controle de HIV/AIDS, fruto de uma parceria entre UNICEF, UNAIDS, UNESCO e Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Durante estas formações, 100 jovens foram capacitados e empoderados para contribuir, de forma ativa e construtiva, para a resposta ao HIV não apenas em suas localidades, mas em todo o Brasil.
Sofia Favero: Sofia, 22 anos, é travesti e estudante de psicologia. Conhecida pelo seu perfil no Facebook, a “Travesti Reflexiva”, Sofia fala sobre diversidade sexual e de gênero e temas como violência contra LGBTI+, preconceito e discriminação. Ela abrirá o diálogo com a proposta de desmistificar o assunto e desconstruir os tabus, a diferença entre ter o HIV e ter aids, prevenção, teste e tipos de tratamento, além de preconceito, estigma e discriminação.
Jonatan Finkler – Jonatan, 27 anos, mora em Cascavel (PR) e é estudante do último ano de enfermagem. Ele vive com HIV há mais ou menos 6 anos e está em tratamento há 3, estando indetectável desde o terceiro mês de tratamento. Ele é membro da Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV e representante da Rede no GT/Unaids (Grupo Ampliado das Nações Unidas sobre HIV/Aids). Jonatan vai falar sobre participação cidadã e liderança de jovens e adolescentes e também sobre a vida com HIV/AIDS.
Gabriel Estrëla – Gabriel Estrëla, 24 anos, é ativista e diretor de teatro, graduando em artes cênicas pela universidade de Brasília. Em 2015 deu início ao Projeto Boa Sorte a partir de um manifesto postado no Facebook e lançará a peça homônima contando sua história pessoal para promover o diálogo sobre HIV em Dezembro. Outras ações do Projeto, coordenado na companhia de seu assessor e namorado Gabriel Martins e uma Produtora Cultural paulista, Fernanda Signorini, incluem um ensaio fotográfico, divulgação de notícias, recomendações de filmes e livros e infográficos feitos em parceria com o UNAIDS Brasil para levar informação atualizada acerca do tema. Gabriel, um dos idealizadores da campanha com a hashtag #EuFaloSobre, vai falar sobre sua experiência, a promoção do diálogo, importância do acolhimento e apoio da família, relacionamentos, prevenção e sobre o projeto Boa Sorte.
Rafaela Queiroz – Rafaela, 24 anos, graduanda em psicologia. Começou seu ativismo na temática HIV/AIDS em 2007 e faz parte do grupo de jovens idealizadores da atual Rede Jovem Rio+. Atuou como dinamizadora e membro do Grupo Gestor Estadual do Saúde Prevenção nas Escolas (GGE/SPE), e também como dinamizadora Jovem e Pesquisadora pela Fiocruz/RJ no projeto “Participação e dinamização juvenil no PSE: projeto de implementação e acompanhamento das “estratégias entre pares”. Rafuska, como é conhecida, vive com HIV desde que nasceu, e vai falar sobre participação feminina nos movimentos, a rotina de viver com HIV e as questões que preocupam jovens como, o direito ao sigilo, discriminação e a falta de informação da sociedade diante da doença.
Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 países e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas.
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Sobre o UNAIDS – O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) mobiliza e inspira o mundo para alcançar sua visão compartilhada de zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à AIDS. O UNAIDS une os esforços de 11 organizações da ONU – ACNUR, UNICEF, PMA, PNUD, UNFPA, UNODC, ONU Mulheres, OIT, UNESCO, OMS e Banco Mundial – e trabalha em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para maximizar resultados da resposta à AIDS. Saiba mais em unaids.org.br e pelos nossos canais no Facebook e no Twitter.
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