Contra todas as adversidades, alcançamos as metas de AIDS do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 6
A AIDS mudou tudo.
A epidemia nos assustou em nosso âmago, trouxe a morte até a nossa porta e abriu nossos olhos para a injustiça do estigma e da discriminação enfrentada pelas pessoas mais vulneráveis entre nós.
Em 2000, com uma crise diante de nós, o mundo respondeu a uma magnitude nunca antes vista.
Juntos, enfrentamos algumas das questões mais difíceis na sociedade e perseveramos no lado de equidade e da justiça. Asseguramos que os avanços na ciência continuassem alcançando todos e todas, em todos os lugares. E, como sempre, seguimos nos perguntando:” O que vem adiante?”
“Vimos que a resposta à AIDS é uma desbravadora poderosa.”
Adiante, meus amigos, temos que terminar o que começamos. Como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, devemos ter como meta o fim da epidemia de AIDS até 2030.
Vimos que a resposta à AIDS é uma desbravadora poderosa. À medida que nos esforçamos para acabar com esta epidemia como uma ameaça à saúde pública, também caminhamos rumo ao aprimoramento da saúde, da educação e do emprego para as famílias e comunidades.
É inspirador ver como nossos parceiros na resposta à AIDS têm escolhido sempre o melhor caminho e não apenas o que é bom o suficiente. Desde o acesso igualitário aos serviços e medicamentos de qualidade até a proteção dos direitos e a promoção do respeito e da dignidade, nós temos seguido as evidências científicas e também nossos corações.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2000, foram apenas o começo. Duas Resoluções do Conselho de Segurança e três Declarações Políticas das Nações Unidas posteriores exigiram mais de nós, colocando o foco na definição de objetivos cada vez mais ambiciosos. Em 2011, os líderes mundiais foram desafiados a alcançar 15 milhões de pessoas em tratamento para o HIV até 2015. E isso é exatamente o que o mundo fez – antes do previsto.
Em 15 anos nós reduzimos o número de novas infecções pelo HIV de 3,1 milhões [3,0 milhões-3,3 milhões] para 2,0 milhões [de 1.9 a 2.2 milhões]. Se tivéssemos sido condescentes, mais 30 milhões de pessoas teriam sido infectadas pelo HIV, 7,8 milhões a mais teriam morrido e 8,9 milhões a mais de crianças ficariam órfãs devido à AIDS.
O movimento da AIDS demonstra que, com visão e responsabilidade compartilhadas, através da solidariedade e liderança global de pessoas vivendo com HIV, de comunidades afetadas e de ação individual, podemos mudar o curso da história. Podemos transformar esperança em expectativas e em conquistas não negociáveis.
O progresso que fizemos é sem precedentes e não teria sido possível sem a liderança do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e seu antecessor, Kofi Annan. Em nome de todos nós na resposta à AIDS ,nós os agradecemos.
As páginas do Como a AIDS mudou tudo – ODM 6: 15 anos, 15 lições de esperança da resposta à AIDS contêm informações valiosas e experiências inovadoras e comoventes do trabalho que parceiros, comunidades e países fizeram e estão fazendo na resposta à AIDS. Há também histórias emocionantes sobre os desafios que ainda persistem.
Esperamos haver muitas lições aprendidas capazes de agregar valor às novas metas globais como um modelo para uma abordagem para o desenvolvimento focada nas pessoas. Este é o legado que trazemos para as gerações futuras.
E, amigos, espero que o sucesso compartilhado de hoje nos inspire para avançarmos de forma ainda mais contundente no futuro. Os próximos cinco anos serão especialmente fundamentais para estabelecer as bases. Se aumentarmos os investimentos e acelerarmos a resposta à AIDS ao longo dos próximos cinco anos, vamos acabar com a epidemia até 2030.
Então, vamos ao trabalho, para que possamos alcançar este objetivo.
(tradução do Prefácio do Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, para o relatório Como a AIDS mudou tudo: 15 anos, 15 lições de esperança da resposta à AIDS, página 14)