Com o fim da Copa do Mundo, as 12 sedes que se engajaram na Proteja o Gol fazem agora um balanço do desempenho da campanha – que acabou por envolver também algumas outras importantes cidades brasileiras. É o caso de Aracaju, que abraçou a iniciativa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e do Ministério da Saúde entre os dias 16 e 29 de junho, promovendo ações de prevenção em vários locais da cidade, distribuindo preservativos e disseminando informações sobre HIV/AIDS entre residentes e turistas. Na capital sergipana, as ações da campanha foram concentradas em prevenção apenas; nas cidades-sede, ofereceu-se também testagem anti-HIV ao longo da duração da Copa.
A coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, Débora Kelly Santos de Oliveira, comemora o sucesso local da campanha: “As pessoas foram extremamente receptivas ao nosso trabalho”, diz.
Vestidos com a camisa comemorativa do atleta número 10 da Seleção Brasileira – mas com a palavra camisinha no lugar do nome do jogador –, profissionais da Secretaria de Saúde percorreram locais como a festa local Forró Caju, as duas rodoviárias e o aeroporto de Aracaju – “onde chega o fluxo de gente”, segundo Débora. Todos os locais receberam estandes para a distribuição de preservativos masculinos e femininos, de gel lubrificante e de panfletos sobre sexo seguro, sobre os sintomas das DSTs e sobre o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) disponibilizado pelo município no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) para quem queira fazer o exame anti-HIV.
A coordenadora explica que, ao todo, foram distribuídos mais de 187 mil preservativos masculinos; 7.500 preservativos femininos; e 26 mil unidades de gel lubrificante nos três estandes montados para a campanha em Aracaju. O público recebeu também brindes como o porta-preservativo e a doleira – ambos úteis para os turistas que lotaram o Brasil durante a Copa.
A iniciativa Proteja o Gol integra os esforços do UNAIDS rumo à sua grande meta: alcançar a visão de zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à aids – e é fruto de sua parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), o Ministério da Saúde, a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, o Governo da Bahia e a Prefeitura de Salvador. A campanha também conta com o apoio da Embaixada da França; da Foundation for AIDS Research (amfAR); da Editora Abril; do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge); da Escola Paulista de Propaganda e Marketing (ESPM); e, por fim, de diversas organizações da sociedade civil.