Brasília, 27 de fevereiro de 2014 – O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) comemorará no dia 1º de março próximo, o primeiro dia mundial de Zero Discriminação para celebrar os direitos humanos sob a perspectiva de uma vida produtiva, plena e digna.
Na ocasião, o UNAIDS Brasil recebe a visita da Diretora Executiva Adjunta do UNAIDS e Secretária-Geral Assistente das Nações Unidas, Jan Beagle. Ontem em Brasília, Jan Beagle discutiu questões de estigma e discriminação, violência de gênero e a agenda pós-2015 com a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres. “É uma honra receber a visita de Jan Beagle no Brasil. Demonstra mais uma vez o interesse internacional pelo trabalho do governo brasileiro na luta contra o HIV”, afirmou a Ministra Eleonora. A Ministra reforçou a parceria já existente com o UNAIDS e se interessou pela campanha Zero Discriminação. Tendo chegado ao Brasil nessa segunda-feira, Jan Beagle visitou organizações em São Paulo para conversar com a sociedade civil e ver exemplos de trabalho in loco. |
A Diretora Executiva Adjunta esteve no Fórum de ONGs de São Paulo, no Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids do estado de São Paulo, e no seu Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais. Nas visitas Jan Beagle teve a oportunidade de trocar experiências com os usuários desses serviços de saúde.
“O Ambulatório e o Fórum são exemplos de como nós podemos alcançar a todos sem deixar ninguém de fora. Estou particularmente feliz por poder destacar estas histórias de sucesso de liderança em vista do dia de Zero Discriminação em 1 º de março próximo. “
Para o dia mundial de Zero Discriminação, a borboleta foi escolhida como símbolo da transformação. A campanha #zerodiscrimination está sendo difundida pelas redes sociais desde o início de fevereiro, com sucesso em vários países do mundo.
A Prêmio Nobel da Paz, Aung Sang Suu Kyi, é a porta-voz do UNAIDS para o programa Zero Discriminação e incorpora os valores de uma luta por um mundo livre de preconceito e discriminação. O brasileiro craque de futebol David Luiz aderiu à campanha e os músicos embaixadores de Boa Vontade do UNAIDS Annie Lennox e Toumani Diabaté também estão entre as celebridades participando do trabalho de conscientização mundial.
“A discriminação leva pessoas a evitar o teste, por medo de ostracismo da sociedade. A discriminação leva à violência e sabemos que houve uma recrudescência da violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais nos últimos tempos.” afirma Georgiana Braga-Orillard, Diretora do UNAIDS no Brasil.
No Brasil, estima-se que mais de 718.000 pessoas entre 15 e 49 anos vivem com HIV e aproximadamente 150.000 não sabem que estão infectadas. A discriminação afeta as pessoas em diversas áreas de sua vida e deixa as pessoas mais vulneráveis ao vírus. A discriminação pode ser um obstáculo ao acesso aos serviços de prevenção de HIV e tratamento de AIDS.
Jan Beagle participou ainda de encontros com Diretor do Departamento de DSTs, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dr Fábio Mesquita e integrantes do Grupo Temático Ampliado das Nações Unidas para o HIV/AIDS.