Uma dezena de jovens com diferentes tipos de deficiência se reuniram esta semana (25 e 26/9), no Rio de Janeiro, para a II Oficina de comunicação digital e inclusiva, realizada pelo Movimento Estamos TodEs em Ação (META Brasil) e pelo Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS), em parceria com o UNAIDS no Brasil e o Instituto Interamericano sobre Discapacidad y Desarollo Inclusivo (IIDDI), Fundo Luiz Hernan Cambronero e o M.A.C. AIDS Fund.
O objetivo do encontro de dois dias foi fomentar o debate, autonomia, visibilidade e inclusão das pessoas com deficiência nos espaços de comunicação digital. Além disso, também foram abordados aspectos relacionados aos direitos das pessoas com deficiências, principalmente em relação aos direitos sexuais e reprodutivos, sexualidade segura e saudável, violência de gênero, promoção da saúde e prevenção do HIV e outras IST.
“Para nós, do UNAIDS, é muito gratificante participar de uma ação tão importante como essa”, destacou o diretor interino do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzebio de Lima. “A oficina nos mostrou que, mesmo depois de tantos anos de trabalho na resposta à epidemia, ainda temos muito a aprender e muito o que fazer para sermos realmente inclusivos e não deixarmos ninguém trás.”
Durante o encontro, as pessoas participantes foram desafiadas a criar conteúdos inclusivos a partir de seus próprios aparelhos celulares, utilizando os recursos e aplicativos práticos e gratuitos disponíveis, como criação de cards para redes sociais e vídeos.
“Agradecemos a dedicação, companheirismo e competência da equipe do UNAIDS Brasil durante a oficina”, disse a diretora executiva do CEDAPS, Katia Edmundo. “Pelos desdobramentos, estamos certos de que essa foi apenas uma das muitas atividades criativas e férteis na direção de uma abordagem inclusiva de prevenção.”
O META, que iniciou suas atividades este ano no Brasil, é um movimento latinoamericano formado por pessoas com e sem deficiência e que busca incentivar o ativismo jovem pelos direitos sexuais das pessoas com deficiência, trabalhando para contribuir com o desenvolvimento inclusivo sob uma perspectiva de equidade e igualdade de oportunidade para todas as pessoas. Através do trabalho de ativismo digital, o META Brasil busca também falar sobre HIV e AIDS no contexto da sexualidade e da deficiência.
“O mais rico deste encontro foi a oportunidade de troca de conhecimentos e o aprendizado mútuo”, conta Daniel de Castro, Assessor de Comunicação do UNAIDS no Brasil. “Ao mesmo tempo em que desafiamos essa juventude a criar conteúdos inclusivos nós também nos vimos na posição de aprendizes, principalmente em temas como aprimoramento da audiodescrição, sobre a importância da simplificação das linguagens audiovisuais e, principalmente, sobre como entender melhor as vivências particulares de cada pessoa com deficiência, já que são muito distintas. De qualquer forma, o que não faltou foi muita criatividade da parte destes jovens.”