Para que as pessoas vivendo com HIV permaneçam saudáveis, e para prevenir a transmissão, o HIV precisa ser suprimido para níveis indetectáveis ou muito baixos por meio do tratamento antirretroviral contínuo. Em 2017—ano com os dados mais recentes disponíveis—, menos da metade de todas as pessoas que vivem com o HIV alcançaram a carga viral suprimida.
Existem três lacunas no caminho para a supressão viral (ver gráfico abaixo):
De longe, a maior lacuna é da testagem—um quarto de todas as pessoas que vivem com HIV desconhecem seu estado sorológico positivo. Outros 16% têm ciência de que vivem com HIV, mas não estão em tratamento. Estima-se que 11% estejam em tratamento, mas ainda não alcançaram a carga viral suprimida.
Embora conhecer o estado sorológico para HIV seja o maior desafio dentro das metas 90-90-90 para 2020, a lacuna da supressão viral tem crescido e ganhado espaço.
A testagem para o HIV e a adesão ao tratamento têm crescido mais rapidamente do que os números de supressão viral. Nos últimos anos, o percentual de pessoas vivendo com HIV e em tratamento antirretroviral que não conseguiram alcançar o nível de carga viral suprimida permaneceu estável em 11%. Isso fez com que a lacuna da supressão viral aumentasse sua participação no grupo de pessoas que não estão com carga viral suprimida, representando agora uma fatia de 21%, ante os 18% que representava em 2015. (veja no gráfico abaixo)
Enfrentar o estigma e a discriminação relacionados ao HIV, fornecer apoio para a adesão ao tratamento, monitorar a supressão da carga viral e responder rapidamente a evidências de falha no tratamento são fatores que podem aproximar o mundo da meta de suprimir a carga viral em 90% das pessoas vivendo com HIV e que estão em tratamento.