A Coalizão Global para Prevenção do HIV lançou seu primeiro relatório de progresso. Fazendo um balanço dos avanços alcançados no fortalecimento do compromisso político para a prevenção do HIV e na prevenção de novas infecções por HIV, o relatório mostra que foi alcançado progresso significativo desde o lançamento da Coalizão Global para Prevenção do HIV há seis meses.
Foram implementadas coalizões nacionais de prevenção para acelerar e coordenar melhor as respostas, estabelecidas novas metas ambiciosas de programas de prevenção em muitos países e lançadas estratégias focadas na prevenção do HIV.
“Há muitos exemplos promissores de países em toda a Coalizão com os quais podemos aprender”, disse Sicily Kariuki, a Ministra da Saúde do Quênia.
Bons exemplos de programas destacados no evento incluem programas intensos de preservativos em alguns países da África Austral, alta cobertura de circuncisão masculina cirúrgica em vários países da África Oriental, programas para populações-chave, inclusive na Índia e na Ucrânia, e a profilaxia pré-exposição, amplamente introduzida no Brasil e no México, assim como aconteceu na África do Sul e no Quênia.
No entanto, o relatório também mostra que muito ainda precisa ser feito. Políticas sobre idade de consentimento ainda representam grandes barreiras para que os adolescentes tenham acesso aos serviços. Leis punitivas e práticas de leis coercitivas dificultam o acesso de populações-chave aos serviços de saúde.
“Todos os dias, há 1000 novas infecções por HIV entre mulheres jovens e adolescentes. As lacunas dos programas de prevenção continuam enormes ”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS.
Para que os esforços de prevenção sejam sustentáveis, a sociedade civil deve ser engajada significativamente em todas as coalizões nacionais de prevenção e seus conhecimentos devem ser utilizados. A prevenção do HIV também precisa ser financiada adequadamente.
“Quando formamos a Coalizão, identificamos quatro motivos principais que nos impediam de avançar: lacunas na liderança política, barreiras políticas para uma prevenção eficaz, lacunas no financiamento de prevenção e falta de implementação sistemática do programa em escala. Com a adoção do Roteiro de Prevenção do HIV até 2020, nos comprometemos a enfrentar essas questões”, disse David Parirenyatwa, Ministro da Saúde e da Infância do Zimbábue.
Mais de 200 delegados, incluindo 11 Ministros da Saúde de países da Coalizão, assim como Ministros de três outros países que acabaram de se juntaram à Coalizão—Botswana, Irã e Mianmar—participaram do evento de lançamento, em 22 de maio, na 71ª Assembléia Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça.