A 41ª Reunião da Junta de Coordenação do UNAIDS (PCB, da sigla em inglês para Programme Coordinating Board) foi encerrada no dia 14 de dezembro, em Genebra, na Suíça. A Junta tomou nota do relatório sobre o progresso na implementação do Plano de Ação do UNAIDS e do Plano Estratégico de Mobilização de Recursos 2018-2021 e solicitou contribuições adicionais o financiamento integral do Quadro Unificado de Orçamento, Resultados e Responsabilidade.
A Junta reconheceu os progressos significativos alcançados pelo UNAIDS nos últimos meses como um exemplo da reforma das Nações Unidas em ação. Os membros da Junta celebraram o fortalecimento da parceria com o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária e expressaram um senso compartilhado de urgência para acelerar a mobilização de recursos para a implementação efetiva dos programas.
O Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, apresentou seu relatório à Junta durante a sessão de abertura, no qual destacou o progresso significativo alcançado no acesso à terapia antirretroviral e na redução de novas infecções por HIV entre as crianças.
Sidibé também destacou a necessidade de fazer mais para que ninguém seja deixado para trás, incluindo mulheres jovens e adolescentes, e abordar o ponto cego no engajamento dos homens. Ele enfatizou que o estigma, a discriminação e a criminalização devem ser confrontados como chave para cumprir a visão do UNAIDS para a saúde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Não cumpriremos o direito à saúde para todos se não enfrentarmos e eliminarmos o estigma e a discriminação”, afirmou. “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável exigem uma abordagem diferente à saúde e ao desenvolvimento. O UNAIDS continua a ser um líder nesta frente.”
A Junta renovou o compromisso com a prevenção do HIV e reafirmou a necessidade de redobrar este compromisso, garantindo, inclusive, um quarto do financiamento para a prevenção do HIV.
Durante o último dia da reunião, dedicado a uma sessão temática sobre discriminação em ambientes de saúde, os membros da Junta se comprometeram a continuar trabalhando para acabar com o estigma e a discriminação. A delegação das ONGs pediu um pacto global para eliminar todas as formas de estigma e discriminação.
Os membros da Junta refletiram sobre o crescimento do número de infecções por HIV e os desafios relacionados à saúde e aos direitos humanos nas prisões e outros ambientes
fechados. Eles compartilharam exemplos de ações em seus países, mas reconheceram a necessidade de fazer mais.
Argentina, Costa do Marfim e Gana foram reconhecidos por suas recentes contribuições financeiras para o UNAIDS e China, Dinamarca, Alemanha, Polônia e Suécia foram reconhecidas pelo aumento no apoio financeiro.
Um discurso feito por Ruth Dreifuss, ex-presidente da Suíça e atual presidente da Comissão Global de Políticas Sobre Drogas, reconheceu o papel importante que o UNAIDS têm desempenhado no advocacy para respostas ao HIV baseadas em direitos humanos e em evidências, inclusive no contexto de uso de drogas.
Representantes dos Estados-membros das Nações Unidas, organizações internacionais, sociedade civil e organizações não-governamentais participaram da reunião de três dias, realizada de 12 a 14 de dezembro, presidida pelo Ministro da Saúde de Gana, Kwaku Agyemang-Manu, com o Reino Unido como vice-presidente e o Japão como relator.