O Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, falou sobre a necessidade de uma liderança contínua na saúde global por parte dos Estados Unidos para acabar com a epidemia de AIDS. Durante um discurso na Conferência do Capitólio da Fundação da Pesquisa da AIDS (amfAR), Sidibé disse: “o que me espanta é o movimento para uma conspiração da complacência. As pessoas pensam que a AIDS está encerrada, que podemos seguir em frente. Agora não é hora de perder o nosso impulso.”
Altos funcionários do governo americano, pesquisadores, implementadores, políticos e defensores da causa estiveram presentes no evento, que foi realizado para analisar o progresso substancial na resposta ao HIV e o que é necessário para acabar com a epidemia de AIDS até 2030.
A conferência, Making AIDS History: a Roadmap for Ending the Epidemic (Fazendo a AIDS virar história: um roteiro para o encerramento da epidemia), foi presidida por Susan Blumenthal, consultora política e médica sênior da amfAR e Ex-Cirurgiã-Geral Assistente dos Estados Unidos. Os oradores reconheceram o compromisso e a liderança bipartidários fortes das sucessivas administrações dos Estados Unidos e do Congresso, que salvaram milhões de vidas e possibilitaram a todos começar a vislumbrar um mundo sem AIDS. Observou-se que os cortes na assistência internacional, nas organizações multilaterais e nos programas globais de resposta à AIDS dos Estados Unidos teriam conseqüências irreversíveis e devastadoras.
Deborah Birx, Coordenadora Global de AIDS dos Estados Unidos e Representante Especial para Diplomacia da Saúde Global, apresentou dados que ilustram resultados substanciais, incluindo o progresso no sentido de atingir as metas 90-90-90 entre os adultos no Malawi, Zâmbia e Zimbábue e declínios correspondentes nas novas infecções por HIV.
“É notável o que conseguimos fazer reunindo governos e comunidades, com o apoio do UNAIDS e colaboração do Fundo Global de Luta contra a AIDS, a Tuberculose e a Malária”, afirmou Birx. “Essas parcerias essenciais fazem os dólares dos contribuintes dos Estados Unidos irem além e ampliarem nossos resultados.”
Sidibé enfatizou que a parceria e a solidariedade global estão compensando os esforços – tanto em termos econômicos como no número de vidas que foram salvas. “A generosidade e a compaixão do povo americano nos ajudaram a passar do desespero para a esperança”, disse ele.
Kenneth Cole, Diretor Executivo da Kenneth Cole Productions, Presidente da amfAR e Embaixador Internacional de Boa Vontade do UNAIDS, referiu-se aos compromissos assumidos pelos governos para acelerar a resposta à epidemia e afirmou que uma liderança forte e contínua dos Estados Unidos é essencial para aproveitar o momento e aumentar substancialmente o acesso aos serviços de tratamento e prevenção do HIV.
“Estamos em um ponto de inflexão e os pontos de inflexão podem ir para um lado ou para o outro – temos que rumar para o lado certo. Nós chegamos muito longe para ver 35 anos de progressos, dificilmente conquistados, serem suspensos”, disse o senhor Cole.