O acesso ao diagnóstico e a serviços de prevenção ao HIV para populações-chave – com foco em novas tecnologias – e a importância do cumprimento metas 90-90-90 até 2020.
Estes foram os principais temas debatidos por estudantes de graduação de cursos relacionados com saúde e assistência social de Salvador, na última segunda-feira (9/9).
Organizado pelo Grupo Gay da Bahia em parceria com a UNIFACS (Universidade de Salvador), o Seminário sobre Diversidade e Saúde LGBTI+ aconteceu dentro da programação da IV Semana da Diversidade, promovida na capital baiana de 6 a 13 de setembro.
A abertura contou com a presença de Keila Simpson – ativista LGBTI+ vencedora do Prêmio de Direitos Humanos da Presidência da República 2013, na categoria garantia dos direitos da população LGBTI+ – , representando o Grupo Gay da Bahia. Também particparam da abertura Javier Angonoa, consultor para Mobilização Social do UNAIDS na Bahia, e a Deputada e Presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia, Dra. Fabíola Mansur.
“Eles levarão esses conhecimentos sobre AIDS para os próximos anos (…),para que possam contribuir com a melhora da Rede e a qualidade da atenção” – Javier Angonoa
A deputada destacou a importância de defender direitos iguais, luta contra o fundamentalismo e os retrocessos em direitos humanos, e destacou que tem priorizado, em seu mandato, as causas LGBTI+ e do controle da AIDS nas discussões da Assembleia Legislativa do estado.
Na avaliação de Angonoa, o evento foi fundamental para levar informação a esses alunos do curso superior, futuros profissionais da área de saúde: “Eles levarão esses conhecimentos sobre AIDS para os próximos anos (…),para que possam contribuir com a melhora da Rede e a qualidade da atenção”, explicou o consultor do UNAIDS.
A Dra. Ceuci Nunes, Diretora Hospital Couto Maia, também convidada da mesa de debate, apresentou aos alunos as Metas 90-90-90 e ressaltou a importância de os governos se comprometerem com a resposta ao HIV. Ela alertou para os altos índices de óbito na região Nordeste.
“Se conseguimos alcançar as metas 90-90-90, isso significará que a hospitalização será também muito menor e, por conseguinte, a diminuição do número de óbitos”, disse a médica.
O evento aconteceu no Auditório do Campus da UNIFACS e contou com a presença de aproximadamente 150 pessoas, estudantes de graduação de cursos da área de saúde e assistência social.