Não. Primeiramente é importante saber que a AIDS, a síndrome da imunodeficiência adquirida, é uma definição epidemiológica baseada em sinais e sintomas clínicos. É causada pelo HIV, o vírus da imunodeficiência humana. A AIDS não é simplesmente uma deficiência imunológica. O HIV destrói a capacidade do organismo de combater infecções e doenças, que podem levar à morte. A terapia antirretroviral diminui a replicação do vírus e pode aumentar em muito a sobrevida e melhorar a qualidade de vida da pessoa que vive com HIV. Atualmente, muitas pessoas que vivem com HIV nem chegam a desenvolver a AIDS.
Em segundo lugar, é importante entender como a transmissão do HIV se dá. O HIV está presente em secreções (fluidos) como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Para haver a transmissão, o fluido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual, de compartilhamento de seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes contaminados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão da mãe vivendo com HIV para o feto durante a gestação, ou no trabalho de parto ou durante a amamentação. O HIV não é transmitido por meio de interações comuns do dia-a-dia como abraçar, beijar, dividir objetos ou alimentos, ou usar a mesma cama ou roupa de cama, como neste caso específico.
Fontes: Lado Bi, Fiocruz e UNAIDS Brasil