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DEFINIÇÕES IMPORTANTES

 

TERMOS FREQUENTEMENTE UTILIZADOS
HIV Vírus da imunodeficiência humana. O HIV é um vírus que enfraquece o sistema imunológico, levando, em último caso, à AIDS (a síndrome).
AIDS Síndrome da imunodeficiência adquirida. AIDS é uma definição epidemiológica baseada em sinais e sintomas clínicos. É causada pelo HIV.

É importante entender a diferença entre HIV (o vírus causador da AIDS) e AIDS (síndrome clínica): com a evolução do tratamento antirretroviral, nem toda pessoa que vive com HIV chega a desenvolver a síndrome no organismo, principalmente se tiver adesão adequada ao tratamento e buscar a supressão viral no organismo até alcançar o nível de carga viral indetectável.

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL A terapia antirretroviral é altamente ativa na supressão da replicação viral, reduzindo a quantidade de vírus no sangue a níveis indetectáveis, e retardando a evolução da doença. O esquema comum de terapia antirretroviral combina três ou mais medicamentos diferentes.

Mais recentemente, inibidores de fusão e inibidores de integrase foram integrados à gama de opções de tratamento.

O uso do termo coquetel não é mais frequente, pois o tratamento antirretroviral tem sido simplificado. Atualmente, há muitas pessoas que tomam apenas 1 ou 2 comprimidos com medicamentos combinados por dia.

Além de oferecer mais qualidade de vida às pessoas soropositivas, a evolução do tratamento antirretroviral elevou a expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV para níveis praticamente iguais aos das pessoas HIV-negativas.

PESSOA VIVENDO COM HIV/ PESSOA HIV-POSITIVA / PESSOA SOROPOSITIVA O termo “pessoa vivendo com HIV” traz uma mudança importante do foco na doença para o foco na pessoa. Uma pessoa HIV-positiva é muito mais do que o vírus e não deve ser definida por ele. Além de ser a abordagem mais correta do ponto de vista dos Direitos Humanos, o termo pessoa vivendo com HIV traz destaque à pessoa, além de evidenciar que ela é a protagonista de sua vida.
INFECÇÃO OPORTUNISTA As infecções oportunistas são provocadas por vários organismos, muitos dos quais geralmente não causam doenças em pessoas com sistemas imunológicos saudáveis. As pessoas vivendo com AIDS podem ter infecções oportunistas dos pulmões, do cérebro, dos olhos e de outros órgãos.

Doenças oportunistas comuns em pessoas diagnosticadas como AIDS incluem a pneumonia Pneumocystis jirovecii, criptosporidiose, histoplasmose, infecções bacterianas, outras infecções parasitárias, virais e fungais. Em muitos países, a tuberculose é a principal infecção oportunista associada ao HIV.

ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO O termo estigma vem da palavra grega que significa marca ou mancha, e se refere a crenças e/ou atitudes. O estigma pode ser descrito como um processo dinâmico de desvalorização que deprecia significativamente um indivíduo na opinião de outros.

Por exemplo, dentro de determinadas culturas ou contextos, certos atributos são definidos por outrem como sendo vergonhosos ou impróprios.

Quando o estigma é colocado em prática, o resultado é a discriminação. A discriminação é qualquer tipo de distinção, exclusão ou restrição arbitrária que afeta uma pessoa, geralmente (mas não exclusivamente) em virtude de uma característica pessoal inerente ou da percepção de pertencer a determinado grupo. A discriminação é uma violação dos direitos humanos.

No caso do HIV, pode acontecer quando a infecção for confirmada ou quando suspeita-se que a pessoa seja HIV positiva.

POPULAÇÕES-CHAVE O UNAIDS considera que os gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e seus clientes, travestis e pessoas trans e pessoas que usam drogas injetáveis são as principais populações-chave em relação ao HIV.

Muitas vezes, essas populações são sujeitas a leis punitivas ou políticas estigmatizantes e têm mais probabilidade de exposição ao HIV. Seu envolvimento é crítico para uma resposta exitosa ao HIV em qualquer lugar—são chave para a epidemia e chave para a resposta.

Os países devem definir as populações específicas que são chave para a epidemia e para a resposta com base nos contextos epidemiológico e social.

PEP (PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO) A profilaxia pós-exposição, conhecida pela sigla em inglês PEP (post-exposure prophylaxis), refere-se a medicamentos antirretrovirais tomados após exposição ou possível exposição ao HIV. A exposição pode ser ocupacional (ex.: punção por uma agulha) ou não ocupacional (ex.: uma relação sexual sem preservativo com um parceiro soropositivo). A PEP deve ser tomada em até 72 horas da exposição ao HIV e durante 28 dias consecutivos. Se iniciada nas primeiras duas horas após a exposição, ela tem ainda mais eficácia.
PREP (PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO) A profilaxia pré-exposição, conhecida pela sigla em inglês PrEP (pre-exposure prophylaxis) refere-se a medicamentos antirretrovirais prescritos antes da exposição (ou possível exposição) ao HIV. Vários estudos têm demonstrado que uma dose oral diária de medicamentos antirretrovirais apropriados reduz o risco de contrair o HIV tanto em homens quanto em mulheres.
PREVENÇÃO COMBINADA A prevenção combinada do HIV busca obter o máximo de impacto na prevenção do HIV por meio da combinação de estratégias comportamentais, biomédicas e estruturais baseadas em direitos humanos e informadas por evidências, no contexto de uma epidemia local. O termo prevenção combinada do HIV também pode ser utilizado para se referir à estratégia adotada por um indivíduo para se prevenir do HIV combinando diferentes ferramentas ou métodos (ao mesmo tempo ou em sequência), conforme sua atual situação, risco e escolhas.
CASAL SORODIFERENTE/ SORODISCORDANTE Um casal sorodiferente (ou sorodiscordante) é aquele em que um parceiro vive com HIV e o outro não.
RESPOSTA AO HIV A resposta ao HIV é o termo mais abrangente utilizado atualmente em contrapartida a outras expressões utilizadas no passado, como “combate ao HIV”, “combate à AIDS”, “luta contra o HIV” e “luta contra a AIDS”.

Para evitar a transferência da luta contra o HIV para uma luta contra pessoas vivendo com HIV, o UNAIDS recomenda que estes termos sejam evitados.

Os termos resposta à AIDS, resposta ao HIV, resposta à AIDS e ao HIV muitas vezes são utilizadas como sinônimo para significar a resposta à epidemia. Agora, grande parte da resposta está voltada para a prevenção da transmissão do HIV e para o tratamento das pessoas vivendo com HIV antes que passem a ter AIDS.

JANELA IMUNOLÓGICA Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo.

Na maioria dos casos a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, a duração desse período pode alterar dependendo da reação do organismo do indivíduo frente a infecção e do tipo do teste (quanto ao método utilizado e sensibilidade).

Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente. Desta forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.

É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.

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