Fortalecer sistemas de proteção social para fortalecer resposta ao HIV

Em evento paralelo à Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre AIDS, realizada de forma online, entre os dias 08 e 10 de junho em Nova York, as pessoas participantes ouviram que muitos fatores na sociedade, incluindo pobreza, estigma, discriminação e desigualdades persistentes de gênero e socioeconômicas, influenciam a saúde de indivíduos e comunidades.

No evento “Fortalecendo os sistemas nacionais de proteção social para incluir adequadamente as pessoas vivendo com, em risco de, ou afetadas pelo HIV para acabar com aa AIDS”, as pessoas palestrantes apontaram que são nas intersecções de múltiplas desigualdades que residem as pessoas mais vulneráveis. As vulnerabilidades compostas atingem as pessoas mais marginalizadas e deixadas para trás, e a COVID-19 destacou essas desigualdades.

O evento destacou as experiências promissoras dos países. Mostraram abordagens inovadoras para melhorar o acesso à proteção social por pessoas vivendo com, em risco e afetadas pelo HIV e reuniu representantes de alto nível de governos, sociedade civil, pessoas doadoras e academia para acelerar a programação conjunta de programas de HIV e proteção social para responder à COVID-19 e acabar com a AIDS até 2030.

A nova estratégia global de combate à AIDS visa reduzir as desigualdades que impulsionam a epidemia da AIDS e reconhece o papel central da proteção social nesse sentido. A proteção social tem o poder de enfrentar os motores sociais e econômicos da epidemia do HIV e de quebrar as barreiras que as pessoas enfrentam no acesso aos serviços de HIV. A proteção social compreende ações públicas e privadas para reduzir o risco, a pobreza e a desigualdade, tais como redes de segurança social, segurança social e políticas do mercado de trabalho. A estratégia inclui educação, nutrição, moradia, saúde e outros serviços sociais.

DESTAQUES

“Os sistemas de proteção social estão deixando para trás pessoas vivendo com HIV; as populações-chave são ainda mais deixadas para trás. Esta situação é completamente inaceitável e é evitável. O UNAIDS sabe como alcançar pessoas vivendo com HIV e populações-chave com serviços de proteção social, incluindo transferências monetárias”.
César Núñez, diretor do escritório do UNAIDS em Nova Iorque

“A resposta ao HIV deve se concentrar em apoiar a pessoa de forma integral e não apenas em tratar o paciente. O papel da proteção social na resposta global à AIDS precisa receber o mesmo nível de importância e relevância que os testes e o tratamento”.
Sarah Zeid, princesa da Jordânia

“A generalização da homofobia e da transfobia patrocinada pelo Estado é um grande obstáculo para a comunidade LGBTQ no acesso aos serviços de proteção social”.
Yuri Yoursky, líder da Coalizão Eurasiática De Saúde, Direitos, Gênero e Diversidade Sexual

“O financiamento do Fundo Global se concentra na proteção social que vai além de dinheiro ou transferências sociais, promove o empoderamento econômico para populações-chave e vulneráveis e aborda o estigma e a discriminação no acesso ao seguro social de saúde”.
Marijke Wijnroks, chefe de pessoal do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária

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