UNAIDS acredita que nova opção de anel vaginal para prevenir HIV estará disponível em breve na África Subsaariana

O UNAIDS felicita a International Partnership for Microbicides (IPM) – Parceria Internacional para Microbicidas, na tradução livre para o português – por ter obtido resposta positiva da Agência Europeia de Medicamentos sobre o anel vaginal de dapivirina. O anel de uso mensal adapta uma tecnologia médica geralmente usada como dispositivo contraceptivo para administrar o medicamento antirretroviral dapivirina na prevenção do HIV.

“UNAIDS celebra os avanços para disponibilizar o anel vaginal para as mulheres na África Subsaariana, onde cerca de 4.500 meninas e mulheres adolescentes são infectadas com HIV a cada semana”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. “É necessário investimento contínuo em pesquisa para preencher a lacuna de prevenção do HIV para as mulheres e dar a elas as opções necessárias para se proteger do vírus.”

Dois estudos de fase III avaliaram o uso do anel vaginal entre quase 4.600 mulheres entre 18 e 45 anos no Malawi, África do Sul, Uganda e Zimbábue. O chamado Ring Study, liderado pelo IPM, descobriu que o anel reduziu o risco em 35%. Já o estudo ASPIRE, realizado pela Rede de Ensaios de Microbicidas, parceiro de ensaios clínicos do IPM, e financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde, descobriu que o anel reduziu o risco em 27%. Dados mais recentes de dois estudos abertos de extensão sugeriram uma redução de risco ainda maior—de mais de 50%.

O IPM buscará as aprovações regulatórias na África Subsaariana, a região mais afetada pelo HIV, onde muitos países reconhecem a opinião da Agência Europeia de Medicamentos. Se aprovado pelos reguladores africanos, o anel poderia oferecer às mulheres com mais de 18 anos a primeira ferramenta de ação prolongada – com garantia de autonomia de uso pelas mulheres – para reduzir o risco de contrair o HIV.

O IPM estima que, dada a urgência das mulheres, com forte empenho político e financiamento, o anel poderia já estar disponível a partir de 2021 em algumas comunidades da África.

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