Crise no tratamento infantil do HIV na África Ocidental e Central

Em 2018, a cobertura da terapia antirretroviral entre crianças vivendo com HIV na África Ocidental e Central foi de apenas 28%, muito abaixo da média global, que já era apenas 54%.

Existem muitas razões para a baixa cobertura da terapia antirretroviral entre crianças na África Ocidental e Central. Poucas crianças estão sendo diagnosticadas na região —com apenas 27% dos bebês expostos ao HIV sendo testados para o HIV dentro de oito semanas após o nascimento em 2018, há uma necessidade urgente de expandir o acesso ao diagnóstico precoce dos bebês.

A falta de serviços de saúde acessíveis em muitos países da África Ocidental e Central resulta na falta de diagnósticos de crianças vivendo com HIV. Se uma mulher grávida não faz o pré-natal, ela não é testada para o HIV e não recebe os serviços para evitar a transmissão vertical (de mãe para filho). Além disso, seu bebê também não é testado para o HIV, e sem o diagnóstico não é possível iniciar o tratamento.

Mesmo procurando um profissional de saúde, muitas vezes a mulher e seu filho perdem o acompanhamento após o parto, com o estado sorológico da criança ainda desconhecido. As crianças expostas ao HIV precisam ser testadas dentro de dois meses após o parto e testadas novamente ao final do período de amamentação. Para diagnosticar essas crianças, é necessária uma ampliação de serviços que ofereçam o teste de HIV, e outros serviços de saúde.

É necessário também que mães e crianças se mantenham em tratamento e recebam a terapia antirretroviral. Muitas mães e crianças iniciam o tratamento do HIV e param mais tarde. Novos e aprimorados tratamentos de HIV para crianças também ajudam a aumentar a cobertura do tratamento.

Como não houve progresso nos últimos anos na prevenção da transmissão vertical do HIV na região, não é de admirar que as crianças que vivem com o HIV na África Ocidental e Central estejam ficando para trás.

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