No Dia Internacional da Mulher, UNAIDS incentiva o fortalecimento de ações para proteger mulheres e meninas

As doenças relacionadas à AIDS continuam sendo a principal causa de morte entre mulheres de 15 a 49 anos no mundo. Em 2017, 66% das novas infecções por HIV no mundo, entre jovens de 10 a 19 anos, estavam entre as mulheres—na África Oriental e Meridional, 79% das novas infecções por HIV entre os jovens de 10 a 19 anos estavam entre as mulheres.

“Há um ciclo vicioso de desigualdade de gênero, violência baseada em gênero e infecção por HIV em muitas partes do mundo”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS. “Os desequilíbrios de opressão e poder devem ser revertidos, e masculinidades nocivas devem ser abordadas para garantir que as mulheres e meninas tenham controle total sobre sua saúde e direitos sexuais.”

Muito mais precisa ser feito para alcançar os jovens com prevenção, tratamento e cuidado em relação ao HIV. Mulheres jovens e meninas adolescentes são especialmente deixadas para trás. A violência baseada em gênero, a exploração sexual e o uso de drogas estão entre os muitos fatores que podem aumentar a vulnerabilidade ao HIV entre mulheres jovens e meninas adolescentes.

Os esforços para acabar com a AIDS são enfraquecidos quando os direitos humanos de mulheres jovens e meninas adolescentes—especialmente a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos—não são promovidos. Os países devem, portanto, promulgar leis e políticas que permitam o acesso a serviços, incluindo saúde e proteção social, por mulheres jovens e meninas adolescentes, ajudando-as a reivindicar seu direito à saúde.

O direito internacional dá às pessoas, incluindo mulheres jovens e meninas adolescentes, o direito de acessar serviços para proteger sua saúde sexual e reprodutiva. No entanto, 45 países em todo o mundo ainda possuem leis que exigem que menores de 18 anos tenham o consentimento de seus pais para realizar o teste de HIV.

Proteção social, educação—incluindo educação abrangente  sobre sexualidade—e serviços de prevenção do HIV integrados a serviços de saúde sexual e reprodutiva, têm demonstrado melhora na saúde e o empoderamento de jovens mulheres e meninas adolescentes. Um estudo sul-africano mostrou que a prevalência do HIV entre meninas que terminaram o ensino médio foi cerca de metade da prevalência entre as meninas que não tinham concluído o ensino médio (8,6% e 16,9% respectivamente). As crianças que acessaram o ensino primário universal em Botsuana, no Malawi e em Uganda mostraram ter resultados semelhantes.

Investir em educação. Investir em serviços de saúde e de HIV. Prevenir e proteger mulheres e meninas da violência. Erradicar práticas nocivas como o casamento infantil precoce e forçado. Promover os direitos das mulheres. Através destas ações, as mulheres jovens e meninas adolescentes podem ser protegidas do HIV e o mundo pode seguir em curso para acabar com a epidemia de AIDS até 2030.

Assista a mensagem do Diretor Executivo do UNAIDS sobre o Dia Internacional da Mulher (em inglês):

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