UNAIDS pede ação ousada para acabar com a tuberculose e com a AIDS

Antes do Dia Mundial da Tuberculose de 2018, o UNAIDS pede a todos os parceiros que tomem medidas ousadas e inéditas para avançar nos esforços para erradicar a tuberculose (TB) e a AIDS até 2030.

A tuberculose ainda é a infecção que causa o maior número de mortes em todo o mundo, eliminando mais de 4.500 vidas por dia. A tuberculose é também a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com o HIV, causando uma em cada três mortes relacionadas à AIDS. Em 2016, 1,7 milhão de pessoas morreram devido à tuberculose, incluindo cerca de 374 mil pessoas vivendo com HIV.

“O mundo tem os recursos para acabar com as epidemias interligadas de tuberculose e HIV, mas falta compromisso político e ação”, disse Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS. “Líderes políticos, religiosos e da sociedade civil precisam se mobilizar para garantir o direito de respirar e viver livre da tuberculose e da AIDS”.

A tuberculose pode ser evitada e tem cura, mas os desafios permanecem. Muitos deles também são enfrentados na resposta ao HIV e podem ser efetivamente abordados se os programas trabalharem de forma integrada. Entre os desafios, estão o acesso desigual aos serviços, com as pessoas mais marginalizadas fora de alcance, além da necessidade de acesso à educação, moradia e serviços básicos de prevenção, diagnóstico e tratamento de tuberculose e do HIV através de serviços de saúde locais e de agentes comunitários de saúde, a necessidade de fortalecer os sistemas de saúde e a urgência na mobilização de recursos em programação, pesquisa e desenvolvimento.

Para enfrentar os desafios e impulsionar a resposta à TB e ao HIV, o UNAIDS definiu cinco ações importantes para os parceiros:

  • Fornecer um novo impulso para a resposta à TB e ao HIV, incentivando os líderes políticos, religiosos e da sociedade civil a defender o direito universal de viver livre da tuberculose e do HIV, baseando-se nos direitos atuais, nos movimentos sociais e de saúde.
  • Capacitar as comunidades para exigir seu direito à saúde. As comunidades afetadas devem pedir aos governos que melhorem os padrões de vida, incluindo acesso a alimentos nutritivos, a respirar ar puro, a completar a educação e à promoção de um contexto econômico capacitador, o que ajudará a reduzir o ônus da TB e do HIV.
  • Garantir direitos, promovendo uma prestação de serviço livre de discriminação para todos, especialmente para pessoas em maior risco de TB e HIV, como crianças e populações marginalizadas, para protegê-las das despesas catastróficas em saúde no contexto da cobertura de saúde universal. Assim, o dever de cuidado se estende além da saúde para incluir locais de trabalho e detenção seguros.
  • Envolver ministros de finanças para abordar a saúde como um investimento, não como uma despesa. Embora as ações acima incluam alguns gastos financeiros, as avaliações sobre os retornos do investimento em saúde demonstraram seu valor de longo prazo para as sociedades e as economias. Uma resposta eficiente e eficaz ao HIV e à TB exigirá trabalho em todos os ministérios e setores para a mobilização de financiamento doméstico suficiente para fortalecer os sistemas de saúde.
  • Inovar em medicamentos e vacinas. Parcerias maiores entre os setores público e privado são necessárias urgentemente para acelerar a inovação que leva à descoberta, desenvolvimento e adoção rápida de novas ferramentas para prevenir e tratar a TB e o HIV e para estratégias de regimes de tratamento de TB mais curtos e menos tóxicos.

Acabar com a epidemia global de TB e HIV é possível. O HIV pode ser evitado e um tratamento eficaz e acessível está disponível. A tuberculose pode ser prevenida, tratada e, na maioria dos casos, curada.

O progresso tem sido alcançado—as mortes por TB entre as pessoas que vivem com o HIV diminuíram em 33% entre 2005 e 2015, à medida que a prevenção, o teste e o tratamento evoluíram e aumentaram. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito.

Em setembro de 2018, os líderes mundiais se reunirão nas Nações Unidas, em Nova York, para a primeira  Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose. Esta reunião será uma oportunidade importante para os países adotarem uma Declaração Política sobre a Tuberculose moderna, visionária e prática.

“A Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose pode fornecer o impulso político, social e financeiro necessário para acabar com a tuberculose”, disse Sidibé. “Este ano pode ser o mais importante desde que Robert Koch descobriu a causa da TB há 136 anos, mas somente se todos nós mostrarmos liderança.”

O UNAIDS encoraja a todos os parceiros para que assegurem que a TB seja promovida nas agendas políticas, sociais, globais, regionais, nacionais e subnacionais, que a TB e o HIV sejam abordados em sincronia e que combinem esforços robustos para acabar com a TB e o HIV até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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