5º Fórum AIDS e o Brasil discute a importância da prevenção nas festas e o papel da imprensa na conscientização

O Portal IMPRENSA, em parceria com o Ministério da Saúde e o curso de jornalismo da ESPM de São Paulo, e com o apoio do UNAIDS, realizou na sexta-feira (15/12), em São Paulo, o 5º Fórum AIDS e o Brasil.

Com o tema “Saúde e Folia: é possível combinar?” o evento reuniu jornalistas, influenciadores digitais, educadores e especialistas para falar sobre as possíveis formas de prevenção do HIV que devem ser lembradas em períodos de festas; e também discutir o papel da informação de qualidade na abordagem da saúde e as atuais lacunas na comunicação.

O encontro foi dividido em três blocos de discussões sob moderação da jornalista Juliana Doretto.

Folia é pauta para a imprensa falar de saúde?

O primeiro painel abordou o tema “Folia é pauta para a imprensa falar de saúde?”. Estiveram presentes a youtuber Jana Viscardi, Juny Kraiczyk, da AIDS Healthcare Foundation, Nathan Fernandes, da Revista Galileu e Sinval Leão, da Revista e do Portal IMPRENSA, que debateram sobre o desafio do jornalismo em comunicar a prevenção, principalmente em momentos de festas.

Para Nathan Fernandes, da Revista Galileu, o tema precisa ser debatido sob uma ótica diferente. “As primeiras notícias difundiram o medo. A gente ainda fala do medo. Mas é preciso pensar em reportagens sociais e não somente da editoria de saúde”, disse.

Sinval Leão, da Revista e Portal IMPRENSA, acredita que o tema deva ser debatido em canais alternativos. “As pautas nas redes sociais se humanizam. O jornalismo trabalha com o contraditório e tem na essência a linguagem, é preciso tratar de forma menos burocrata”, comenta.

Assista ao bloco 1 na íntegra:

Saúde na Balada

A segunda roda de conversa discutiu o papel da informação na prevenção e a importância dos recursos disponíveis atualmente (como aplicativos, redes sociais etc) que podem ser aliados na difusão da informação sobre HIV.

Para Brunna Valin, do Centro de Referência e Defesa da Diversidade, a informação ainda não alcança pessoas de grupos chave como profissionais do sexo. “Eu trabalho com essas pessoas e sei que a informação que chega é ineficiente. As travestis, por exemplo, não tiveram acesso à tecnologia para se informar e agora já têm”, comentou.

Tulio Bucchioni, da ONG Viração, que também participou do painel, apontou o estigma como um dos principais inimigos da prevenção.

Assista ao bloco 2 na íntegra:

Dá para combinar informalidade com informação de qualidade?

A consultora do UNAIDS Brasil, Silvia Almeida, participou, ao lado de Alexandre Magno, do Ministério da Saúde, André Canto, do Projeto Olhares, HIV e AIDS no Brasil e Letícia Bahia, do Portal AzMina, do último bloco de discussões que colocou em pauta o protagonismo LGBTI+ no compartilhamento de informações sobre prevenção e as novas maneiras possíveis de aliar informação de qualidade com informalidade, usando como exemplo o trabalho dos youtubers soropositivos que abordam o tema da AIDS de forma educativa, leve e bem-humorada

“Esse é o desafio: como você leva para a naturalidade sem banalizar? Hoje em dia, já estamos falando em prevenção combinada, mas têm muita gente que não sabe colocar camisinha”, apontou Silvia Almeida, consultora do UNAIDS Brasil.

Segundo André Canto do Projeto Olhares, HIV e AIDS no Brasil, “Precisamos que a imprensa passe a ter uma abordagem mais humana, reforçando a importância da educação sexual nas escolas. Os jovens estão se infectando porque não têm informação”.

Assista ao bloco 3 na íntegra:

O 5º Fórum AIDS teve transmissão ao vivo pelo Portal IMPRENSA e contou também com a participação de internautas, que fizeram perguntas aos convidados por meio de chat online.

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