Primeiras-damas discutem desenvolvimento e o fim da epidemia de AIDS em NY

O Diretor-Executivo da UNAIDS, Michel Sidibé, uniu-se à ex-Primeira-Dama dos Estados Unidos, Laura Bush, à Primeira-Dama da Namíbia, Monica Geingos e à Primeira-Dama do Panamá, Lorena Castillo de Varela, no dia 18 de setembro, para discutir como elas usaram suas plataformas políticas e suas vozes a fim de chamar a atenção para alguns dos problemas mais urgentes que afetam o mundo.

O evento—A Role Without a Rulebook: the Influence and Leadership of Global First Ladies (Um papel fora do regulamento: a influência e liderança das Primeiras-Damas globais, na tradução livre para o português)—foi realizado durante o Concordia Annual Summit em Nova York (EUA) e explorou os desafios de ser uma mulher de influência mesmo sem ter uma descrição de funções para o cargo. Não elegidos, mas oficiais, os cônjuges dos líderes governamentais têm uma oportunidade única de construir pontes entre a sociedade civil e as instituições governamentais. As três primeiras senhoras falaram sobre como elas se guiaram nesse papel, criando suas próprias plataformas e agendas para o progresso.

“Conheço o poder das Primeiras-Damas”, disse Sidibé, que moderou a discussão. “Elas se tornaram nossas campeãs especiais para acabar com a transmissão do HIV de mãe para filho. Foi quando eu recrutei o apoio delas que começamos a ver um progresso real. Agora, temos alguns países que conseguiram praticamente eliminar novas infecções do HIV entre os bebês.”

Laura Bush discutiu seus esforços para promover a agenda de direitos humanos entre mulheres no Afeganistão e seus esforços em saúde global. Ela lembrou suas experiências na defesa da saúde de mulheres e meninas, incluindo o fim da transmissão do HIV de mães para crianças. Laura se concentrou no compromisso de acabar com a AIDS através do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR) e seu desejo de desenvolver o progresso positivo da resposta à AIDS e eliminar o câncer cervical.

“Descobrimos que as mulheres viviam com o HIV, mas morriam de câncer cervical, que também é transmitido sexualmente através do vírus do papiloma humano (HPV). Lançamos a Pink Ribbon Red Ribbon (Fita Vermelha-Fita Rosa, na tradução livre para o português) para adicionar testes e tratamento para o HPV e a vacina para a plataforma da AIDS, que já estava configurada com o Plano de Emergência do Presidente para Alívio da AIDS. Até agora, temos tido muito sucesso “, disse Bush.

A Pink Ribbon Red Ribbon, uma afiliada independente do Instituto George W. Bush, é uma parceria global entre governos, ONGs, organizações multilaterais, fundações e setor privado cujo objetivo é reduzir as mortes por câncer cervical e câncer de mama em países de renda média e baixa.

Monica Geingos centrou-se no seu trabalho com os jovens e no empoderamento, enfatizando a importância da juventude questões de violência baseada em gênero, educação, saúde e cultivo do empreendedorismo. Monica disse que há uma grande necessidade de incentivar a confiança nos jovens e incluí-los em conversas sobre sua saúde. Ela falou abertamente sobre o crescimento da juventude na África, onde 60% da população tem menos de 25 anos, e com projeção de que ela dobre até 2050.

“Nós deixamos os jovens liderarem a conversa na linguagem que eles entendem. Nós usamos a oportunidade de lhes dar informações importantes sobre saúde. A Namíbia fez um excelente trabalho na redução de novas infecções por HIV com a ajuda de parceiros globais, como UNAIDS e o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária. Nós reduzimos as novas infecções por HIV pela metade em menos de uma década e estamos prestes a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho”, disse Geingos.

Lorena Castillo destacou seus esforços para garantir a inclusão e o respeito por todas as pessoas. Sidibé observou que a a Primeira-Dama do Panamá, Embaixadora Especial da UNAIDS para a Zero Discriminação na América Latina, tem sido uma poderosa defensora das comunidades e das pessoas excluídas. Ele destacou seus esforços contra o estigma e a discriminação em todas as suas formas, a fim de construir uma sociedade inclusiva.

“Todos devemos trabalhar para não deixar ninguém para trás. Ao deixar ninguém para trás, quero dizer, verdadeiramente, ninguém”, disse Lorena.

A partir de suas plataformas como líderes mundiais, as Primeiras-Damas são capazes de assumir riscos, desafiar as expectativas e fazer pressão pelo fim de preconceitos profundamente enraizados para oferecer uma visão mais inclusiva e equitativa da sociedade.

No final, Anita McBride, ex-Assistente do ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e ex-Chefe de Gabinete de Laura Bush, disse: “O Concordia é um tanque de ação, não um tanque imaginário, e esta sessão mostra claramente como um pódio de Primeiras-Damas, quando utilizado de forma eficaz, é um catalisador para a ação e para a mudança, e que há ainda maior valor quando elas se unem e trabalham juntas.”

 

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