Suécia é protagonista nos esforços para acabar com a epidemia de AIDS

A resposta global ao HIV evitou quase 9 milhões de mortes desde 2000, quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram criados. Apesar de tais progressos, a AIDS ainda é a principal causa de morte no mundo entre mulheres de 15-49 anos, a sexta maior causa de morte entre adolescentes e uma das principais causas de morte no entre as crianças.

Reconhecendo o impacto do HIV sobre saúde e desenvolvimento, em 2016, os Estados-Membros das Nações Unidas adotaram uma Declaração Política sobre o Fim da AIDS com o objetivo de avançar no progresso rumo ao fim da epidemia de AIDS até 2030.

As metas de tratamento 90-90-90 serão essenciais para a realização destes esforços. Segundo elas, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão cientes de seu estado sorológico positivo, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão em tratamento, e 90% das pessoas em tratamento estarão com a carga viral indetectável.

Em outubro de 2016, a Suécia anunciou que foi o primeiro país a atingir as metas 90-90-90, que foram, em realidade, alcançadas em 2015. Atualmente, o país estima que 90% das pessoas vivendo com HIV estão diagnosticadas, 97% delas estão em tratamento e 95% dessas pessoas em tratamento estão com carga viral indetectável.

A Suécia segue como defensora política e apoiadora dos esforços globais em torno do HIV. A Suécia é também um dos principais doadores para UNAIDS e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária. De 26 a 28 de março, a convite da Secretária de Estado Ulrika Modéer, o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, visitou a Suécia para discutir como a resposta ao HIV pode ser um catalisador capaz de acelerar os progressos rumo ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Em reuniões com uma série de parceiros-chave, tanto políticos e quanto técnicos, e também com organizações da sociedade civil que trabalham com HIV, as partes interessadas salientaram que a prevenção do HIV deve ser expandida se quisermos acabar com epidemia de AIDS. Também destacaram que os programas de HIV devem ser integrados, ampliados a uma escala adequada e implementados em sua máxima efetividade, garantindo que alcancem as pessoas mais afetadas pelo vírus.

Houve consenso sobre o fato de que uma abordagem sobre o HIV exclusivamente focada nesse único ponto é inadequada para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e que há uma necessidade de uma abordagem capaz de olhar para a saúde não como um resultado, mas como um pré-requisito para o desenvolvimento e a sustentabilidade.

CITAÇÕES

“A epidemia de HIV tem sido uma causa e consequência de desigualdades de gênero há 30 anos, mas a resposta ao HIV é um canal para mudanças transformadoras e para o progresso.”
MICHEL SIDIBÉ, Diretor Executivo do UNAIDS

“Precisamos de uma mudança nos sistemas e uma postura ousada em questões estruturais, como direitos humanos e gênero. Agora é a hora para garantir que nós tenhamos uma arquitetura global para a saúde ajustada à era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O UNAIDS tem uma liderança-chave a desempenhar por causa da interseção entre o HIV com saúde e desenvolvimento.”

ULRIKA MODÉER, Secretária de Estado, Ministério das Relações Exteriores, Suécia

“Parcerias amplas para além do movimento de HIV são essenciais se quisermos alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Nós precisamos aumentar a escala dos nossos esforços de prevenção e dos direitos sexuais e reprodutivos.”

LENNART BÅGE, Diretor-Geral Interino, AIDS

“Precisamos de um quarto ‘90’: um 90 para a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV. As pessoas vivendo com HIV na Suécia têm uma qualidade de vida elevada, mas algumas populações-chave continuam a enfrentar barreiras nos serviços e nas políticas.”

FARHAD MAZI ESFAHANI,  Gerente de Desenvolvimento de Negócios, HIV-Suécia

 

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