Grupo Cellos concede Prêmio de Direitos Humanos e Cidadania LGBT 2016 ao UNAIDS Brasil

Criado em 2005, o Prêmio de Direitos Humanos e Cidadania LGBT do Grupo Cellos (Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais) reconhece instituições, iniciativas e personalidades que contribuíram para a visibilidade e fortalecimento do movimento LGBT e trabalham para o benefício da comunidade LGBT em Minas Gerais e no Brasil. O UNAIDS esteve entre os premiados da edição 2016, realizada dia 14/7 no Museu Histórico Abílio Barreto, na capital mineira, por seu papel no apoio à diversidade sexual e à visibilidade da comunidade LGBT por meio de sua iniciativa #ZeroDiscriminação.

“O  reconhecimento  à iniciativa #ZeroDiscriminação não é apenas para o trabalho do UNAIDS, mas principalmente às  milhões de pessoas  que  abraçaram essa causa e que fazem da borboleta, símbolo da campanha, também um símbolo do respeito, da diversidade e da transformação positiva que queremos ver no mundo”, disse Daniel de Castro, Assessor de Comunicação do UNAIDS, ao receber o prêmio em nome da equipe. “Nós acreditamos que chegar a zero discriminação é algo possível, e é algo necessário, por isso nos empenhamos tanto em transmitir essa mensagem.”

Além do UNAIDS Brasil, a cerimônia deste ano premiou também: o projeto TransForma – Esajuna  (Assessoria Jurídica para Travestis e Transexuais na retificação de nome e Gênero); o Vereador Pedro Patrus; a ICM – Igrejas da Comunidade Metropolitana; o programa Transvest – Pré-Vestibular para Travestis e Transexuais; Maria Turci – Subsecretária de Políticas e Ações em Saúde do Estado de Minas Gerais; Symmy Larrat – Coordenadora do Programa Transcidadania da Cidade de São Paulo; a ativista trans Keila Simpson, Presidente da ANTRA; e a ativista e travesti Anyky Lima, Presidente do Grupo CELLOS.

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Daniel de Castro, Assessor de Comunicação, representou o UNAIDS Brasil durante a cerimônia de premiação.

Em edições anteriores, o Prêmio de Direitos Humanos e Cidadania LGBT foi concedido a personalidades como a Ministra do Supremo Tribunal, Cármen Lúcia, e ao deputado Nilmário Miranda, chefe da Secretário de Estado de Direitos Humanos, Cidadania e Participação Social de Minas Gerais, e parceiros influentes da causa, como Canal das Bee, Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Fundação Perseu Abramo, entre outros.

Além da premiação, a jornada contou também com a realização do XV Seminário Saúde e Visibilidade, tendo como foco: Populações-chave – debates, respostas e desafios para a AIDS na atualidade. “A discussão sobre HIV e AIDS dentro dos debates sobre direitos da população LGBT precisa ser abordado de forma a evitar o estigma e a discriminação que tanto marcaram as populações vulneráveis no início da epidemia”, alertou o Assessor de Comunicação do UNAIDS durante o painel realizado no dia 15/7, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “Não podemos deixar ninguém para trás e a população LGBT está entre a populações mais vulneráveis ao HIV porque, entre outros fatores, ainda sofre discrimnação e muitas barreiras para acesso aos serviços de saúde, como prevenção, tratamento e cuidados.”

 

Grupo Cellos e a Jornada pela Cidadania LGBT

O Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais  é uma organização não-governamental e sem fins lucrativos, fundada em 9 de março de 2002. O grupo tem a missão de estimular o protagonismo social e político em defesa dos direitos humanos, cidadania LGBT e a luta contra a homofobia. Suas principais atividades são focadas em quatro áreas: saúde, direitos humanos, educação e cultura.

O Cellos promove diversas atividades para conscientização sobre prevenção do HIV e direitos humanos HIV em parceria com organizações governamentais locais e federais – incluindo a Assembléia Legislativa, Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. As atividades incluem palestras em escolas dos níveis fundamental e médio e em universidades com foco em diversidade sexual e na necessidade de respeito e tolerância.

Todos os anos, o Grupo Cellos realiza a Jornada pela Cidadania LGBT de Belo Horizonte. Os eventos que compõem a jornada têm como objetivo debater e preparar a comunidade para a Parada do Orgulho LGBT que, em 2016, aconteceu no dia 17/7, abordando o tema Democracia é respeitar identidade de gênero: não nos apaguem com a política. A Jornada visa também sensibilizar a comunidade sobre os problemas criados pela discriminação e violência LGBT-fóbica, diminuir a vulnerabilidade da comunidade LGBT e fortalecer ações de afirmação de diversidade sexual e de gênero.

A jornada deste ano começou na quarta-feira, dia 13 de julho, com a Mesa Redonda: Educação e Diversidade. Na quinta-feira foi a vez do XII Prêmio Direitos Humanos e Cidadania LGBT, e, na sexta, ocorreu o XV Seminário Saúde e Visibilidade. No sábado, 16, foi feito um encontro final com os voluntários.

Milhares de pessoas participaram da 19ª Parada do Orgulho LGBT em Belo Horizonte no domingo, dia 17 de julho. A concentração foi na Praça da Estação e contou com apresentações musicais e performances de artistas convidados. De acordo com os organizadores, 60 mil pessoas participaram da parada.

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